Fernando Gomes, presidente da FPF desde 2011, comentou esta terça-feira a hipótese de ocupar o mesmo cargo no COP, durante o segundo congresso internacional S4 (Safety, Security, Service at Sports Events), em Viseu, confirmando a notícia de A BOLA de que era um nome desejado para o cargo.

«Se fui desafiado, se calhar é uma expressão forte, fui sondado no sentido de se estaria disponível. Sinceramente, neste período, não tive ainda tempo disponível, porque a grande preocupação é terminar aquilo que são os dois ou três pilares do nosso mandato», disse o ainda presidente da FPF (citado pela Lusa), cujo mandato deverá terminar até ao final deste ano.

«Nem excluo, nem incluo [a candidatura à presidência do COP]. Neste momento, estou num período de desenvolvimento das ações finais enquanto presidente da Federação. Essas eleições do COP são em março e ainda teremos algum tempo para refletir», acrescentou o dirigente

Fernando Gomes garantiu apenas ser «um homem do desporto», não assumindo, desde já, essa candidatura ao COP: «Acima de tudo é uma avaliação. Se, efetivamente, com a minha ação eu posso, com o meu saber e o meu conhecimento, aportar algo positivo às organizações onde estiver inserido.»

Já membro eleito do comité executivo da FIFA até 2027, tal não impediria Fernando Gomes de ser presidente do COP. Para já, enquanto presidente da FPF, falou de algumas das conquistas que foram atingidas durante o seu mandato, destacando a criação das equipas B como «a medida mais estruturante nos últimos anos no futebol português».

«Foram seis equipas B que participaram nas competições profissionais da Liga 2 e se hoje olharmos para trás temos a noção clara que, dos 26 atletas que estiveram nesta jornada na Polónia e na Escócia a jogar pela seleção A, 23 iniciaram o seu trajeto como jogadores seniores exatamente nas equipas B dos seus clubes», salientou.

Reconhecendo que o título de campeões do mundo de futebol «era a cereja no topo do bolo» do seu mandato, Fernando Gomes abordou também as contas positivas da Federação.

«Ficarão liquidadas, sem qualquer tipo de dívida para o futuro», disse, falando depois dos investimentos realizados em projetos como a Cidade do Futebol: «Um investimento superior a 70 milhões de euros, que não teve um euro do Estado. Foi com apoios conseguidos em programas da UEFA e da FIFA e tudo o resto foi com fundos próprios e autofinanciamento para pagar integralmente.»