Fernando Santos não tem dúvidas de que Cristiano Ronaldo jogará o Mundial'2026 ao serviço da Seleção Nacional. O antigo selecionador falou à margem do jantar de encerramento das comemorações dos 110 anos da Federação Portuguesa de Futebol, recordando também os melhores momentos no comando técnico de Portugal. 

"Nada admirado, sempre esperei que ele estivesse a um alto nível até tarde, não tenho dúvidas nenhumas de que vai estar no Mundial e vai dar o seu máximo para que Portugal possa conquistar mais um título. O Cristiano [Ronaldo] é o melhor jogador do Mundo, ponto final parágrafo", referiu aos jornalistas. 

Ao Canal 11

Ainda lhe passam pela cabeça momentos como o Euro'2016?

"Nunca será passado, para mim nem para ninguém. É sempre algo que marca a história do futebol português. Para mim e mais 11 milhões. Foi um momento marcante, que nunca sai da cabeça. Quando se vê, claro que no dia-a-dia não andamos a pensar nisso. Foi muito importante, assim como em 2019. O que esperamos é que agora haja continuidade. Infelizmente nunca tínhamos ganho, tivemos a oportunidade em 2004. Não correu bem. Acho que merecíamos. Acabámos por conquistar o Europeu em 2016 e agora já ganhámos. Agora estamos a apoiar fortemente a Seleção para que possa vir a conquistar mais títulos".

O que destaca das condições de trabalho
"Não gosto de fazer comparações. Mas Portugal está ao nível dos melhores dos melhores. Quando cheguei ainda estávamos na Praça da Alegria, mas depois viemos para aqui em março de 2016, quando foi inaugurada a Cidade do Futebol, e isso transformou completamente. As condições passaram a ser completamente diferentes. A partir daí, foram criadas condições por esta direção e pela FPF, condições 'top'".

Alguma vez imaginou ficar ligado a um momento tão marcante como o Euro'2016?
"Não é imaginar, é acreditar. A primeira palestra que dei aos jogadores foi sobre isso mesmo. Disse que estávamos aqui para ganhar um Europeu. Mas se me perguntava se tinha a certeza, ninguém tem a certeza de nada. Mas com a qualidade que ia ter ao dispôr, com o que já tinha conseguido perceber na Grécia, nos quatro anos em que lá estive, perceber como funcionavam as fases finais, como se podem ganhar estes torneios... Estava absolutamente convencido de que podíamos ganhar. Foi o que disse aos jogadores. Podia ter corrido bem, podia não ter corrido bem. No futebol não vai ganhar sempre a mesma equipa. Penso que logo a partir do primeiro jogo, os jogadores começaram a acreditar que era possível. Ganhámos todos. Obviamente que há um contributo muito forte da Federação, do presidente a todos os outros. Jogadores, treinadores, dirigentes... Houve muita gente influente".

Imaginava que a frase do 'vou voltar só para casa no dia 10' tivesse tanto eco?
"Não disse aquilo para ter eco, foi o que pensava no momento. Apesar de, na realidade, haver alguma desconfiança. Para as pessoas de dentro não precisava de dizer o que disse. Não pensei sequer na frase, mas senti que era importante dizer às pessoas de fora que estávamos ali para ganhar o Campeonato da Europa".