"O percurso associativo e como árbitro, a experiência como dirigente, sobretudo na Liga e na Associação de Ligas Europeias, configuram a preparação, o prestígio nacional e internacional e a capacidade política necessária para as exigências do desempenho do cargo de presidente da Federação Portuguesa de Futebol" refere o grupo de 14 signatários numa carta enviada à agência Lusa.
Entre as figuras do futebol, contam-se entre os apoiantes de Pedro Proença, os treinadores José Mourinho, Jorge Jesus e Paulo Sousa, bem como os antigos selecionadores de Portugal António Oliveira e Carlos Queiroz
Na carta, são destacadas "a visão ambiciosa e inovadora" e as ideias que Pedro Proença defende para o futebol português" considerando o atual líder da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) "o mais capacitado dirigente português para assumir a presidência da FPF".
Os signatários, entre os quais estão o ex-ministro Miguel Poiares Maduro, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e o antigo líder da autarquia de Vila Nova de Gaia Luís Filipe Menezes, consideram que o novo ciclo na FPF "deve ser encarado como uma oportunidade para alavancar o futebol português para os desafios que o aguardam no futuro e que exigem respostas afirmativas e eficazes, através de um plano de ação agregador, capaz de unir toda a comunidade do Futebol em torno de um objetivo comum".
Apostando numa federação inclusiva e representativa de todos, os subscritores destacam a importância de um organismo "preparado para o futuro, assente num modelo de governação unificador, que permita um crescimento verdadeiramente sustentado e inequivocamente abrangente".
"Estes são desígnios que carecem de uma resposta, muito mais num ciclo que ficará marcado, também, pela organização conjunta do Mundial'2030, uma oportunidade que exige uma liderança efetivamente preparada, experiente e com provas dadas", refere o documento, assinado também pelo antigo internacional António Simões, pelo campeão olímpico Carlos Lopes, e por Américo Aguiar, bispo de Setúbal.
O documento é também subscrito por Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, por António Saraiva, líder da Cruz Vermelha Portuguesa, e pelo escritor Luís Osório.
Pedro Proença, que cumpre o terceiro e último mandato à frente da LPFP, tem recebido várias manifestações de apoio para se candidatar às eleições da FPF, agendadas para fevereiro, nomeadamente dos 20 delegados dos clubes do futebol profissional com direito de voto, e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).
Na sexta-feira, na inauguração da nova sede da LPFP, no Porto, Pedro Proença, que segundo alguma imprensa deverá formalizar a candidatura na quarta-feira, assumiu a vontade de querer continuar ao serviço do futebol.
"Obviamente, tenho uma responsabilidade perante o futebol português. Neste momento, não sou só o presidente da LPFP, mas também da Associação de Ligas Europeias. Há muitos desafios pela frente no futebol europeu e mundial, mas uma coisa é certa: estarei ao serviço do futebol. Isso é uma convicção clara que eu tenho, porque há quase quatro décadas que sou um homem do futebol. Quando os desafios me são colocados, não viro a cara. O futuro a Deus pertence e eu estarei sempre disponível para estes projetos", disse.
Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa, é o único candidato anunciado a suceder a Fernando Gomes nas eleições para a presidência da FPF, marcadas para 14 de fevereiro de 2025.