Em mais uma sessão de julgamento dos médicos e enfermeiros acusados de homicídio no falecimento de Diego Maradona, a sua sua filha mais velha descreveu condições de habitabilidade muito precárias ao falar da casa do pai. 

«O lugar era nojento, cheirava a urina e a cama que lá havia era nojenta. Havia uma casa de banh portátil, um painel colocado nas janelas para que não houvesse luz e uma porta de correr. O quarto era horrível», denunciou Dalma Maradona ao depor em Buenos Aires. 

Dalma sublinhou que a casa não oferecia as condições prometidas pelos profissionais clínicos quando se optou por cuidados ao domicílio. 

«Não havia casa de banho por perto e a cozinha era nojenta. Não posso dizer que alguém estava responsável pela limpeza», continuou. 

«Disseram-nos que estava tudo bem e sob controle, mas não nos deixaram entrar [em casa], pelo que não pudemos confirmar se isso era verdade», acrescentou. A família alega que teve pouca influência nas decisões da equipa médica sobre os procedimentos clínicos depois de uma operação a um hematoma na cabeça. 

Dalma lamentou ter confiado na palavra no neurocirurgião Leopoldo Luque, que acusa de não ter cumprido a hospitalização domiciliária prometida. 

Como já dito antes em tribunal, Dalma corroborou que, quando viu o pai no dia da sua morte, estava coberto com um lençol e tinha «a cara, as mãos, a barriga e o corpo muito inchados». 

Sete profissionais de saúde estão a ser julgados por alegada negligência na morte de Diego Maradona, a 25 de novembro de 2020.