
O desespero na cara de Emma Raducanu correu mundo durante o torneio no Dubai, quando a própria interrompeu a partida e pediu para prenderem um homem que estava nas bancadas. Agora foram revelados novos detalhes do caso que envolve a britânica, número 61 do ranking mundial.
O homem persegue a tenista há vários meses em diferentes países e continentes e as autoridades confirmaram que ele seguiu-a de Singapura até Abu Dhabi, terminando em Doha, onde foi preso.
No início, pensaram que ele era um fã, um admirador. Aos poucos, o homem foi se aproximando de Emma e provocar mais contacto com ela, tirando selfies e aproveitando para a abraçar.
No dia anterior ao jogo em que a britânica desabou em lágrimas, Raducanu estava sozinha a comer num dos restaurantes do torneio, num dos raros momentos em que nem o preparador físico nem o segurança a acompanhavam. O homem aproveitou para se aproximar dela novamente. Dizem que tinha «tudo planeado e calculado» e uma «estratégia aterrorizadora», com tudo pensado ao mínimo detalhe.
Quando abordou Raducanu, ela reconheceu-o de torneios anteriores e informou a WTA que um homem tinha demonstrado «comportamento obsessivo» em relação a si. A fotografia do homem circulou durante o torneio de Dubai, mas foi a própria tenista que o viu nas bancadas durante a partida.
As autoridades acabaram por prendê-lo e emitiram uma ordem de restrição, forçando-o a assinar um documento em que se compromete a nunca mais se aproximar de Raducanu e foi impedido de frequentar torneios WTA.
Esta não é a primeira vez que a tenista de 22 anos passa por um momento assim. Há uns anos, Raducanu denunciou um perseguidor, Amrit Magar, que apareceu várias vezes em sua casa, deixava prendas e bilhetes na porta e chegou a levar um sapato do pai dela que pensava pertencer à atleta.