Presidente do Sporting admite que o timing nunca seria favorável ao novo treinador
Frederico Varandas fez o balanço de 2024 e abordou o atual momento do Sporting, que tem passado semanas mais conturbadas na sequência da mudança na equipa técnica, de Ruben Amorim para João Pereira. Na gala Prémios Stromp, o presidente leonino disse que o ano que agora termina "ficará na história com um dos melhores" e admitiu que este não era o timing desejado nem por João Pereira nem pelo clube, mas assim apenas no final da presente temporada.
"2024 ficará na história como um dos melhores anos, fantástico, nas mais bonitas páginas da nossa história. É encorajador em relação ao que conseguimos, mas também ao futuro. É um ano de tanto sucesso, que acabamos o ano a sentirmo-nos vítima do nosso sucesso. Venho aqui falar de forma transparante e clara sobre o momento atual. Muito, muito foi falado... Nas conferências de despedida do ex-treinador e na apresentação do novo... Tínhamos, na verdade, um plano, definido e possível de realizar, com o compromisso de todas as pessoas. No final da época passada, Ruben Amorim, um dos melhores treinadores da história do Sporting, informou-nos que seria o momento de terminar o ciclo. Queria terminar com o bicampeonato. Preparámos o grupo para isso e assim arrancámos a época, como terminámos a anterior, com uma máquina afinada", começou por dizer.
"Um grande clube europeu chegou e o nosso treinador aceitou. A partir daqui, tudo o que estava planeado, mudou. Tínhamos planeado um fim de ciclo? Tínhamos. Seriam três campeonatos em cinco anos... O nosso treinador iria, depois, aceitar um novo projeto. O Sporting iria proceder a uma modificação. Iríamos iniciar um novo ciclo: terminar a época, sair dois, três jogadores, entrar cinco, seis, entrar um novo treinador e iniciar um novo processo, mesmo com dores de crescimento."
"O Sporting não escolheu o timing do fim desse ciclo. A verdade é que em novembro o nosso treinador deixa o Sporting.... O que aconteceu ao Sporting, nunca aconteceu em Portugal... É a primeira vez que um treinador saiu, por sucesso, a meio de uma época. Muitos treinadores saíram para ligas e projetos superiores, mas nunca um clube perdeu um treinador a meio da época."
"Sabíamos que era difícil subsituir o segundo treinador com mais títulos. Podíamos antecipar o plano. Podíamos trazer alguém de fora, mas com 7 jogos em 26 dias, não iria ter tempo para treinar. Sabíamos, sobretudo, o grupo que temos, um grupo que ganhou tudo e de forma ímpar em Portugal. Iriam ter dificuldade em entender alguém que dissesse: agora vamos jogar assim e jogar assado. Entre prós e contras, antecipámos João Pereira. Um treinador que não tem tempo. Tem uma máquina afinada à qual tem de se adaptar. Vou carregar este convite para o resto da minha vida, como o convite mais ingrato e o presente mais envenenado para um treinador. O clube não queria que fosse este momento, o João Pereira não queria que fosse este momento. Mesmo sabendo que posso sacrificar um treinador, um jogador, um treinador ou um presidente, vou sempre fazer o que considero melhor ao Sporting."
(em atualização)
"2024 ficará na história como um dos melhores anos, fantástico, nas mais bonitas páginas da nossa história. É encorajador em relação ao que conseguimos, mas também ao futuro. É um ano de tanto sucesso, que acabamos o ano a sentirmo-nos vítima do nosso sucesso. Venho aqui falar de forma transparante e clara sobre o momento atual. Muito, muito foi falado... Nas conferências de despedida do ex-treinador e na apresentação do novo... Tínhamos, na verdade, um plano, definido e possível de realizar, com o compromisso de todas as pessoas. No final da época passada, Ruben Amorim, um dos melhores treinadores da história do Sporting, informou-nos que seria o momento de terminar o ciclo. Queria terminar com o bicampeonato. Preparámos o grupo para isso e assim arrancámos a época, como terminámos a anterior, com uma máquina afinada", começou por dizer.
"Um grande clube europeu chegou e o nosso treinador aceitou. A partir daqui, tudo o que estava planeado, mudou. Tínhamos planeado um fim de ciclo? Tínhamos. Seriam três campeonatos em cinco anos... O nosso treinador iria, depois, aceitar um novo projeto. O Sporting iria proceder a uma modificação. Iríamos iniciar um novo ciclo: terminar a época, sair dois, três jogadores, entrar cinco, seis, entrar um novo treinador e iniciar um novo processo, mesmo com dores de crescimento."
"O Sporting não escolheu o timing do fim desse ciclo. A verdade é que em novembro o nosso treinador deixa o Sporting.... O que aconteceu ao Sporting, nunca aconteceu em Portugal... É a primeira vez que um treinador saiu, por sucesso, a meio de uma época. Muitos treinadores saíram para ligas e projetos superiores, mas nunca um clube perdeu um treinador a meio da época."
"Sabíamos que era difícil subsituir o segundo treinador com mais títulos. Podíamos antecipar o plano. Podíamos trazer alguém de fora, mas com 7 jogos em 26 dias, não iria ter tempo para treinar. Sabíamos, sobretudo, o grupo que temos, um grupo que ganhou tudo e de forma ímpar em Portugal. Iriam ter dificuldade em entender alguém que dissesse: agora vamos jogar assim e jogar assado. Entre prós e contras, antecipámos João Pereira. Um treinador que não tem tempo. Tem uma máquina afinada à qual tem de se adaptar. Vou carregar este convite para o resto da minha vida, como o convite mais ingrato e o presente mais envenenado para um treinador. O clube não queria que fosse este momento, o João Pereira não queria que fosse este momento. Mesmo sabendo que posso sacrificar um treinador, um jogador, um treinador ou um presidente, vou sempre fazer o que considero melhor ao Sporting."
(em atualização)