Após a divulgação dos resultados, que ditaram que Garrido Pereira é o novo presidente do Boavista, o advogado de 49 anos confessou-se «tremendamente orgulhoso», mas alertou para «um caminho duro» que o clube tem pela frente: «Espero que haja uma união em volta do supremo interesse do Boavista. Este é um triunfo para todos aqueles que amam e simpatizam com o Boavista, mas também para aqueles que achavam que o Boavista estava no fim. Havia muita gente que pensava que este clube ia acabar. Uma ideia manifestamente exagerada e afluência das eleições é a evidente prova de vitalidade.»
«Fica evidente que quem venceu foi o Boavista. Isto não é sobre mim, mas sobre o significado desta presença dos boavisteiros num momento tão conturbado do clube. Tinha pedido aos sócios para estarem presentes e isso fica evidente também na votação massiva na minha candidatura que naturalmente traduz a vontade clara do universo axadrezado no meu projeto», referiu.
Sem tempo a perder, Garrido Pereira garantiu estar já a trabalhar «em vários assuntos», de modo a resolver alguns problemas prementes que o clube enfrenta: «Esta é a nossa prova de vida e a reconstrução começa em breve. Já me encontro a trabalhar em vários assuntos, antecipando as necessidades do Boavista. Observei os rostos e o olhar dos boavisteiros e vi esperança e compromisso, mas também representa muita responsabilidade para o trabalho que temos pela frente.»
Garrido Pereira vai ser acompanhado pelo presidente-adjunto Reinaldo Ferreira, os ‘vices’ Pedro Almeida, Hélder Soares, Manuel Leite e Nuno Almeida e o tesoureiro Carlos Vieira, enquanto Miguel Lixa Barbosa e Rui Martins foram eleitos pela mesma candidatura para as lideranças da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal e Disciplinar, respetivamente.
A tomada de posse dos novos órgãos sociais do Boavista ainda não tem data marcada, mas deve acontecer nos 30 dias seguintes à proclamação definitiva dos resultados, tal como determinam os estatutos do clube, que também acautelam um prazo de três dias após o encerramento do escrutínio para a eventual apresentação junto do ainda presidente da MAG, Tavares Rijo, de recursos com fundamento em irregularidades eleitorais.
Já Filipe Miranda não escondeu a desilusão pela derrota no ato eleitoral, mas desejou, emocionado, um futuro de sucesso ao presidente eleito, vincando que o dia de ontem demonstrou vitalidade do clube boavisteiro: «Parabéns ao senhor Garrido. O futuro a Deus pertence. Espero que tudo o que foi falado e prometido seja convertido em ações reais num futuro próximo. Se o Boavista precisar de mim continuarei aqui. Quero enaltecer a vitalidade que ficou demonstrada durante estas eleições. O Boavista provou o porquê de ser o quarto grande em Portugal. Demonstrámos que estamos vivos.»