"Penso que é tempo de o tornar oficial. Sim, este vai ser o meu último ano no pelotão. Não foi um mau caminho. Nunca nos meus sonhos mais loucos eu imaginava ser profissional durante 19 anos. Vai haver muito tempo para refletir, mas, antes disso, tenho algumas grandes corridas para preparar", escreveu Thomas, na rede social X.

A dois dias de começar a disputar a Volta ao Algarve, prova que ganhou duas vezes, e depois de ter sido 65.º na Clássica da Figueira no domingo, o galês, de 38 anos, assegurou que sempre sonhou estar no Tour e nos Jogos Olímpicos e que ganhar essas provas foi "de loucos".

"Pequim foi incrível, os meus primeiros Jogos e vencer o ouro ali. Mas foi o Tour que mudou a minha vida, passei a ser reconhecido em todo o lado. A camisola amarela é icónica. Vamos a qualquer lugar do mundo e todos conhecem a camisola amarela, o que significa para o ciclismo e a sua história", referiu, em declarações à BBC.

Depois de ter sido decisivo nas conquistas de quatro edições do Tour pelo também britânico Chris Froome, de 2013 a 2017, Geraint Thomas conquistou a mais importante prova por etapas do mundo em 2018, tornando-se o único galês a consegui-lo, antes de ser segundo na edição seguinte, atrás do colombiano Egan Bernal, também seu companheiro de equipa.

Thomas tem ainda mais três pódios em grandes voltas, ao ser segundo no Giro em 2023, à frente do português João Almeida, e terceiro no Tour de 2022 e na Volta a Itália no último ano.

Com 25 vitórias como profissional, destacam-se ainda os triunfos no Paris-Nice em 2016, Critério do Dauphiné em 2018 e em duas etapas da Volta a França de 2018, e foi campeão britânico na prova de fundo e em contrarrelógio, sendo que a sua última vitória surgiu em 2022, quando conquistou a Volta à Suíça.

Antes de ter sucesso na estrada, Thomas fez parte da equipa britânica de pista que conquistou o ouro na perseguição por equipa, em Pequim2008 e Londres2012.

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