Jogo grande na jornada dez da Liga BPI e honras repartidas no Estádio 1.º de Maio. SC Braga e Sporting empataram (1-1) e levaram um ponto cada, um resultado que não mata as aspirações de nenhum dos conjuntos, mas magoa no sentido em que atrasa as duas equipas em relação ao líder Benfica.
Dois momentos distintos na partida: o primeiro quarto de hora, onde uma entrada avassaladora e altamente sufocante das minhotas colocou a formação leonina em sentido, e o restante jogo, onde o Sporting passou a grande maioria do tempo em ataque posicional e a obrigar o SC Braga a ter que se defender.
Começamos precisamente pelo primeiro quarto de hora. A equipa da casa, galvanizada por uma bancada bem composta, entrou a pressionar alto e a complicar muito a saída de bola às leoas. Com Zoi Van De Ven e Sissi por dentro e Carolina Rocha e Ágata Filipa por fora, as Gverreiras do Minho criaram alguma indefinição em Mégane Sauvé e Beatriz Fonseca e conseguiram sair muitas vezes por fora, a partir de onde tentaram verticalizar o jogo.
No primeiro quarto de hora, o SC Braga criou várias situações de perigo junto da baliza de Hannah Seabert, mas não surgiu o golo. Reagiu o Sporting, que sacudiu a pressão inicial e começou a tomar conta do jogo. A equipa visitante encontrou várias vezes Jacynta Gala e Cláudia Neto entre linhas e estas deram fluidez ao jogo ofensivo sportinguista.
Na primeira grande chance, Diana Silva acertou no poste e pouco depois foi Maiara Niehues a atirar a contar, mas com o lance a ser invalidado por fora de jogo de Diana. Crescia o Sporting, mas foi o SC Braga a marcar pouco antes do intervalo: Zoi Van De Ven desmontou por completo Mégane Sauvé, colocou na área e o corte incompleto levou o esférico ao pé direito de Dolores Silva, que fez o golo.
Mexidas mudaram o jogo
O regresso dos balneários trouxe três mudanças na equipa do Sporting, com Micael Sequeira a lançar Andreia Bravo, Telma Encarnação e Miri O´Donnell. As mudanças surtiram efeito nas leoas, que ganharam uma referência no ataque, uma desequilibradora na esquerda - duelo intenso com Sissi - e a segurança na posse de Bravo.
Poucos minutos depois do reatamento, o Sporting fez o empate num lance com alguma fortuna. Maiara Niehues cobrou um livre algo frouxo, mas o ressalto na barreira encaminhou a bola para Fátima Pinto, que aproveitou para atirar a contar.
As forasteiras cresceram e o SC Braga perdeu momentaneamente o norte, mas rapidamente se voltou a organizar defensivamente e a trancar a porta para a baliza de Patrícia Morais. Ainda assim, as verde e brancas conseguiram criar várias oportunidades que podiam ter resultado na reviravolta, mas a guarda-redes bracarense superiorizou-se a Miri O´Donnell e Telma Encarnação, esta última por duas vezes. Pelo meio, Beatriz Fonseca só não colocou em prática a lei da ex porque o travessão impediu.
Num jogo maioritariamente controlado pelo Sporting, que fez mais pela vitória, prevaleceu o empate. O SC Braga continua segundo classificado, agora com 26 pontos e a quatro do Benfica. As leoas vêm logo atrás, com 25 pontos.