
João Medeiros, um dos advogados do Benfica (os outros são Rui Patrício e Paulo Saragoça da Matta), prestou declarações à saída do tribunal na pausa de almoço da 1.ª sessão de julgamento do processo 'Saco Azul'. Questionado acerca das justificações dadas ao juiz por Rui Costa, foi direto. "Não vou falar pelas testemunhas, muito menos pelo presidente do clube e portanto as justificações foram as que ele contou ao tribunal. Que os contratos tinham razão de ser, que os contratos foram verdadeiros e não fictícios como é dito e insinuado pelo Ministério Público e que efetivamente as pessoas que fizeram os contratos lhe mereciam confiança. Se Deus quiser, ao longo do julgamento iremos ter a oportunidade de verificar a razão de ser dos contratos e por que é que eles existiam", afirmou.
Quanto à alegada circulação de dinheiro vivo no clube, João Medeiros remeteu para o depoimento do líder das águias. "Isso foi dito, redito e nesse particular o presidente Rui Costa teve oportunidade de dizer que nessa parte ele saberia porque estava ligado ao futebol e sabe que isso não é uma prática do Benfica e nunca aconteceu", frisou.
Já sobre o facto de o foco ter sido colocado em Miguel Moreira, o advogado dos encarnados enquadrou os acontecimentos. "Cada pessoa, nas circunstâncias de uma determinada empresa, tem as suas responsabilidades. O dr. Miguel Moreira efetivamente tinha essa responsabilidade e, portanto, aquilo que o presidente fez foi dizer quem é que naquela organização era o responsável por aquele tipo de situações. E aquele tipo de situações, os contratos de ID, era efetivamente à data da esfera do dr. Miguel Moreira. Portanto, aquilo que o presidente disse é verdade", referiu.