Domingo de horror vivido na Guiné-Conacri. Durante um jogo de homenagem a Mamadi Doumbouya - chefe da Junta Militar que tomou conta dos destinos do país em 2021 -, decisões de arbitragem levaram à perda da compostura de vários adeptos e posterior intervenção das forças de segurança que instalaram o caos no recinto.
Num duelo a opor o N'zérékoré - equipa da casa - e o Labé, os ânimos esquentaram e rapidamente escalaram para o arremesso de pedras por parte dos adeptos, que terão sentido na pele a pronta intervenção das forças de segurança presentes no recinto - o gás lacrimogénio terá instalado o episódio de caos.
De acordo com o comunicado do governo local, os tumultos resultaram em «debandadas fatais» e num «número provisório de 56 mortos», junto dos hospitais da cidade de N'zérékoré.
No mesmo sentido, também Amadou Oury - primeiro-ministro do país - também já se pronunciou sobre o caso: «O governo está a acompanhar a situação e sublinha o apoio à calma para não impedir os hospitais de ajudar os feridos.
De recordar que o duelo entre as equipas surgiu com motivações políticas. Depois da pressão internacional exercida sobre a Junta Militar para libertar o poder para os civis, o referido organismo já fez saber que tal não vai acontecer até ao final de 2024, surgindo este tipo de eventos para credenciar o apoio à recandidatura de Mamadi Doumbouya.