Portugal tem excelentes recordações da seleção do Panamá nos Mundiais: há oito anos, na Colômbia, goleou a equipa centro-americana por 9-0, resultado que constitui recorde das “quinas” em fases finais de grandes competições internacionais. Mas Jorge Braz acalma os ânimos, reconhecendo que os panamianos estão agora «muito mais organizados, com um jogo muito mais consciente, com alguns jogadores novos extremamente virtuosos no um para um».
É, portanto, uma equipa bem diferente da frágil seleção de 2016 a que Portugal vai encontrar hoje, na Humo Arena, para a estreia do campeão mundial no Uzbequistão. É, no essencial, um Panamá com «outra maturidade competitiva» o que espera Portugal, com o selecionador nacional atento a todos os detalhes da evolução da equipa que aqui está como campeã continental da CONCACAF. Independentemente do diagnóstico do adversário, Braz sublinha que Portugal tem de “fazer um jogo paciente”, apesar de, «como digo sempre, gosto muito de ‘entradas à Portugal’, com confiança, com alegria e com muita ambição».
Porém, o responsável português atalha que pretende «uma ambição consciente e organizada», de resto na linha do que a equipa costuma apresentar nas principais competições internacionais. Revelando a máxima confiança na equipa, o técnico nacional sublinha que hoje (dia do jogo), já não vai ser preciso dizer nada aos seus jogadores, bastando um bom aquecimento e a concentração fundamental para estes desafios.
Já para Fábio Cecílio esta entrada no Mundial uzbeque corresponde a uma data especial: completam-se dez anos sobre a sua primeira internacionalização. Foi a 16 de setembro de 2014, num encontro em que Portugal goleou a Croácia por 5-0. O jogador do SC Braga reconhece que «estamos ansiosos, no sentido positivo, para começar a competição», e atalha, em relação ao adversário de hoje, que «sabemos ir encontrar uma equipa muito competitiva, muito forte fisicamente, e que nos últimos anos têm evoluído muito». Estão, portanto, avisados os jogadores portugueses, sendo que o essencial é «estarmos focados em nós e preparados para sair com a vitória».
Uma das caraterísticas que distinguem a seleção de Portugal é sublinhada por Fábio Cecílio, de 31 anos, ao fazer um rápido balanço de uma década a vestir a camisola das “quinas”: «Sinto-me bem nesta família, que é para mim uma segunda casa», sublinhando que espera poder ainda pertencer a ela durante alguns anos. Deixa um 'aviso à navegação', quando sustenta que as seleções do grupo de Portugal (Panamá, Tajiquistão e Marrocos), estão longe de ser fáceis, pertencendo a países em que o futsal evoluiu muito nos últimos anos.