Jorge Martín lidera o Mundial de MotoGP com apenas mais 20 pontos do que Francesco Bagnaia (Ducati). Mas outros pilotos influenciam na luta pelo título ao disputarem posições em corrida, inclusive com mais agressividade e menos prudência por não terem tanto a perder como os candidatos ao título.

O espanhol da Prima Pramac sentiu a agressividade de rivais recentemente – primeiro de Enea Bastianini (Ducati) no GP da Emília Romanha, e na semana passada de Marc Márquez (Gresini/Ducati) no GP da Austrália.

E a sensação de Martín é que é particularmente complicado enfrentar estes adversários, como afirmou: ‘É difícil. Na minha posição é muito difícil se estás numa corrida com alguém como o Enea ou o Marc. É muito difícil batê-los, porque eles não têm quase nada a perder, por isso não se preocupam se caem. Então, é difícil’.

O #89 falou depois dos dois casos – com Bastianini em Misano e com Márquez em Phillip Island: ‘Penso que, por exemplo, a manobra em Misano não foi correta. Penso que aqueles cinco pontos são meus, porque ele saiu de pista e bateu-me completamente fora da curva. A manobra do Marc foi agressiva, seguramente, mas ele não me tocou, por isso sinto que esteve bem. Ele jogou as cartas dele, digamos assim, e fez uma corrida incrível’.

Apesar de querer isolar-se na frente no GP da Tailândia, Martín está consciente que a corrida deverá ser muito renhida até ao fim: ‘Aqui, veremos. Se tiver a hipótese, irei escapar, não dando uma hipótese a ninguém. Mas, claro, sinto que chegaremos à última curva com o Marc ou outro piloto’.