No rescaldo da derrota do Farense contra o FC Porto, em partida a contar para a jornada 5 da Liga (2-1), José Mota, treinador do conjunto algarvio deixou muitas críticas à arbitragem da partida.

«Com o 0-0 ao intervalo, pensámos que podíamos tomar mais conta do jogo, era essa a nossa intenção. Foi isso que fizemos, mas veio o golo do FC Porto... até me custa falar. Veio o golo, uma grande penalidade, hoje não estava a chover mas foi caída do céu, portanto o FC Porto esteve a ganhar», afirmou José Mota.

O treinador do Farense foimais além nas críticas à arbitragem e considera que o segundo golo do FC Porto não devia ter sido validado: «Conseguimos o empate e quando pensava que o jogo estava numa fase em que poderíamos ser mais agressivos... aparece o segundo golo. Mais uma vez, pergunto onde está o VAR, não há faltas a favor do Farense, um pisão enorme sobre o Poloni que não foi assinalado e aí está, uma vitória para o FC Porto e zero pontos para o Farense. Vamos continuando a assobiar para o ar.»

«Pergunto a toda a gente se acham que o penálti do FC Porto foi bem assinalado. Pergunto também se não existiu um pisão sobre o Poloni no segundo golo. Estes são os critérios que ditam as verdades, aquelas verdades desportivas que sabemos. Isto pesa muito, faz a diferença para quem andou a trabalhar durante a semana e da próxima vez é melhor nem darmos conferência.

«Andamos nesta mesma ladainha, só conversa para boi dormir e depois chegamos ao jogo e acontecem estas situações que não dignificam o futebol português. Faço 25 anos de treinador e sei que há 25 anos atrás era assim e vai manter-se. Quando comecei como treinador foi como adversário do pai do atual treinador do FC Porto [Vítor Manuel], e já na altura era assim. Já defrontei o pai, hoje defrontei o filho e mudou pouco no futebol português. Temos VAR, mas o VAR só vê para alguns», acrescentou José Mota.

O lance que deu o 2-1 ao FC Porto

O treinador do conjunto algarvio ainda mostrou alguma indiganção com o facto de o árbitro da partida, Nuno Almeida, não lhe ter explicado as decisões tomadas: «Não explicam nada. O que eu vi é que não é penálti e vi um pisão no segundo golo. Isso é que vi, mas devo ver demais, não sei... Não é justo! Estivemos a trabalhar para tentar levar pontos para depois chegarmos aqui e acontecer isto. Revolta-me muito.»