Luís Freire já fez a antevisão mao jogo com o Benfica, que se realiza este sábado, pelas 20h30, no Estádio D. Afonso Henriques. A partida diz respeito à 30ª jornada da Liga.

Que expetativas tem para este jogo tendo em conta o crescimento do Vitória?

"A expectativa passa por fazermos um jogo competente, capaz. Vamos à procura da nossa identidade, do que costumamos fazer, focados no nosso jogo. Todos os jogadores têm dado uma excelente resposta para essa estabilidade. Alguns jogadores têm saído por limitações mas quem entra tem dado excelentes respostas. O grupo tem estado muito unido e focado depois da recuperação forte que fizemos. Estamos motivados, mas temos de manter o grande espírito de sacrifício. Este jogo é muito exigente para nós, mas sinto a equipa motivada. Temos de ir para o campo e executar o que trabalhamos."


O Benfica tem mais pressão, ainda que o Vitória tenha um objetivo a concretizar?

"Neste momento a nossa pressão também é positiva. O Vitória já fez uma grande Liga Conferência, os jogadores tiveram muito mérito ao longo da temporada, tiveram três treinadores, mas mantiveram o grupo unido, disponível, com uma bitola elevada. Chegamos a esta fase da época com a possibilidade de voltar à Europa e é uma pressão positiva voltar à Europa. Quem joga pelo título tem uma margem de erro ainda menor do que quem luta pela Europa. A nossa pressão é positiva, queremos manter o registo de invencibilidade. Temos de ter uma atitude muito grande, focados no nosso jogo."


Qual pode ser a importância do fator casa para este jogo?

"Sem dúvida que temos feito do fator casa um ponto fundamental a nossa caminhada. Também temos vencido fora, mas em casa sentimo-nos mais confortáveis, isso é indesmentível. Os adeptos do Vitória são especiais, dão muito energia à equipa, não é por acaso que a equipa aparece desta forma no final da época, olha para as bancadas e supera-se com o apoio dos adeptos."


Qual é o seu comentário ao ambiente que antecedeu este jogo, com muita pressão sobre a equipa de arbitragem?

"Confio, como sempre, na competência, qualidade e integridade dos árbitros. Acredito que o principal interessado em fazer um bom trabalho é o árbitro, os principais interessados em fazer bons jogos são eles. Para nós o que interessa é que os jogadores sejam os protagonistas, que sejam eles os artistas a decidir o jogo. Que o árbitro faça parte de um grande espetáculo, sem interferência nenhuma no que se vai passar."

Este é um ambiente que não é benéfico para o futebol portugês?

"Não estou a criar esse tipo de ambiente, por isso não vou comentar isso. Essa avaliação não me compete a mim fazer."


Vai poder contar com o Tiago Silva?

"À imagem do que tenho feito ultimamente, não vou revelar as nossas indisponibilidades."

Que tipo de jogo espera frente ao Benfica?

"Espero um jogo bem disputado, taticamente rico, com bons intervenientes em campo. Estamos a falar de uma equipa que tem feito um bom campeonato, que está nos dois primeiros lugares, e de um Vitória que está cada vez mais forte. Será um jogo tático, com duas equipas que têm uma identidade forte. Temos um plano delineado, temos de ser competentes. Temos de ter a sensação de que podemos ganhar o jogo e lutar para vencer. Quero que os jogadores entrem em campo a procurar ganhar o jogo ao longo dos 90 minutos. Vamos ter situações de golo, vamos à procura disso. Temos a lição bem preparada, mas jogo é jogo e é lá dentro que se vai decidir isso."


O que tem de fazer o Vitória para manter o bom desempenho defensivo?

Já jogamos contra FC Porto e Sp. Braga e mostramos competência defensiva, tal como o Vitória mostrou na Luz, na primeira volta, quando ainda não estava cá. Estes jogos exigem uma capacidade muito grande de estarmos muito reativos à perda da bola. Temos de ser uma equipa comprometida nos detalhes e depois dar tudo por tudo nos duelos. Estes jogos obrigam-nos a ir ao limite. Temos de ser iguais a nós próprios, isso é garantia de que vamos ter um Vitória competente e competitivo.

Bruno Freitas