O Vitória de Guimarães viu quatro dos seus jogadores atraírem grande interesse durante o recente mercado de transferências. Kaio César, Toni Borevkovic, Tomás Handel e Tiago Silva foram sondados por vários clubes, dispostos a oferecer propostas pelos atletas. Estes jogadores, fundamentais no esquema de Rui Borges, tornaram-se peças-chave do projeto desportivo do clube, com a administração a reconhecer a importância de os manter para assegurar a competitividade da equipa na temporada atual.
Segundo apurou A BOLA, a saída de qualquer um destes quatro jogadores teria um impacto profundo, uma vez que Rui Borges dificilmente conseguiria encontrar substitutos à altura sem comprometer a qualidade do plantel. O treinador do Vitória de Guimarães e os responsáveis pelo clube, conscientes da relevância destes ativos, optaram por resistir às investidas, mantendo a coesão da equipa para a fase decisiva da época.
Por outro lado, a transferência de Ricardo Mangas, extremo de 26 anos, já está confirmada. O jogador português está prestes a ser oficializado como reforço do Spartak Moscovo, num negócio que renderá ao Vitória de Guimarães dois milhões de euros, com mais 500 mil euros dependentes de objetivos. Mangas foi um dos jogadores mais influentes no início desta temporada, contudo, o encaixe financeiro gerado pela sua venda é considerado essencial para garantir a estabilidade económica do clube.
A saída de Mangas, embora vista como necessária, abre a porta a novas oportunidades dentro do plantel. Nuno Santos, João Mendes e Marco Cruz são alguns dos nomes que deverão ganhar mais protagonismo nas próximas semanas, disputando a posição deixada vaga pelo jogador que parte para a capital russa este domingo. Estes três atletas, que vinham sendo preteridos devido às boas exibições de Mangas, podem agora afirmar-se no plantel e ajudar a equipa a manter a sua dinâmica ofensiva.
Apesar de o Vitória de Guimarães ser a equipa da Liga com menos opções no ataque, o técnico Rui Borges conta com uma vasta gama de médios ofensivos para compensar essa lacuna. Nuno Santos e João Mendes surgem como os principais candidatos a assumir o lugar de Ricardo Mangas. É também provável que esta mudança force Rui Borges a repensar o seu modelo tático, com uma possível transição do habitual 4x3x3 para um sistema 4x2x3x1, permitindo uma maior flexibilidade na utilização dos seus médios ofensivos.