Mariana Cabral e José Alberto Toril responderam às questões do Bola na Rede após o Sporting x Real Madrid. Merengues venceram leoas.
O Sporting esteve perto de igualar o Real Madrid, mas, no último minuto, concedeu o golo da derrota (1-2). No final do jogo, Mariana Cabral, treinadora leonina, e José Alberto Toril, técnico dos merengues, responderam às questões do Bola na Rede em conferência de imprensa.
Bola na Rede: Nos últimos minutos da primeira parte o Sporting quebra um pouco, mas consegue manter-se vivo e chega mesmo ao golo. Na segunda a quebra não foi tão evidente, apesar do cansaço ainda mais acumulado. O que foi feito de forma diferente que permitiu ter o jogo controlado, apesar do infortúnio no último segundo?
Mariana Cabral: Nós ao intervalo tentamos ajustar um bocadinho a forma como estávamos a pressionar em determinadas zonas e em determinados momentos. Agora não vou dizer porque não quero que o treinador adversário saiba [risos]. Acho que isso melhorou um bocadinho na segunda parte, mas ainda podia ter sido melhor e podíamos ter provocado ainda mais erros. Obviamente que contra uma equipa que gosta tanto de ter a bola e com tanta qualidade como o Real Madrid, se passamos muito tempo com a bola depois as nossas jogadoras acumulam muita fadiga e quando têm a bola já não conseguem tomar as melhores decisões. Precisávamos de defender e de pressionar um bocadinho melhor. Conseguimos fazer isso na segunda parte, mas depois nessas bolas que ganhámos faltou um bocadinho o último passe e o remate. Não foi tão bem definido e acabámos por não conseguir criar tanto proveito dessas situações. Mas as jogadoras perceberam e tentaram fazer isso muito bem.
Bola na Rede: O Sporting e o Real Madrid estiveram frequentemente espelhados em campo, com as jogadoras a encaixar umas nas outras. Taticamente quais as dificuldades que isso trouxe ao jogo e como foram superadas?
José Alberto Toril: O Sporting tem um sistema muito peculiar. É complicado de contrariar. Joga com as extremos por dentro e com duas avançadas e é difícil fechar as linhas de passe para que não recebam e possam transitar. É aí que são fortes, quando recebem e podem lançar a Telma Encarnação e a Brittany Raphino. Aí convertem-se numa equipa perigosa, mas conseguimos impedi-lo muito bem e não concedemos nenhuma ocasião para transitar. Nesse aspeto fizemos um trabalho muito bom. Faltou-nos um pouco ataque, talvez ser mais agressivos, como habitualmente somos. Somos uma equipa que faz muitos golos e hoje não estivemos tão bem nisso. Mas o que importa é o resultado.