Na segunda parte, viu-se tudo aquilo que se espera de um clube como o Manchester United. Após primeiro tempo desinspirado, os red devils, de Bruno Fernandes e Diogo Dalot, bateram o Brentford, com Fábio Carvalho em campo desde os 74', por 2-1.

Mas, se a segunda parte foi o que o Man. United quer (e tem de) mostrar, a primeira... nem tanto. Até foi o Brentford que começou melhor, com capacidade para quebrar as linhas de pressão que o adversário apresentava. Logo ao terceiro minuto, Schade podia continuar a tradição de marcar logo no início (nos quatro jogos anteriores, os bees faturaram nos primeiros dois minutos), mas falhou a bola por centímetros. Ao minuto 21, Hojlund quase aproveitava erro de Flekken, que largou a bola depois de a agarrar, para fazer o golo, mas nem ele, nem Garnacho, os mais inconformados do primeiro tempo, conseguiam faturar, também pela boa exibição do guardião neerlandês que, tivesse Eriksen mais pontaria, não teria hipótese aos 34'.

O crescimento dos anfitriões, que só tinham voltado a sofrer perigo após remate de longe de Norgaard, esbarrou com o salto que Pinnock deu na área na penúltima jogada do primeiro tempo. Damsgaard bateu canto, o central fugiu a Dalot e, com um cabeceamento fulminante, levou o Brentford para as cabines em vantagem.

Poderá ter sido o golo, mas algo mudou o chip do Manchester United ao intervalo. No regresso, Garnacho aproveitou um bom cruzamento de Rashford para fazer o empate e, poucos minutos depois, foi Hojlund que, sem querer deixar para trás o fantástico passe de Bruno Fernandes, picou com toda a classe por cima de Flekken, para assinar a reviravolta.

Além dos golos, via-se intensidade e acerto dos anfitriões, com e sem bola - algo que muito faltou antes do descanso e no resto da temporada. Por outro lado, o Brentford não mostrava imaginação nem capacidade para, como havia feito no primeiro tempo, construir jogadas longas e a partir de trás. Desinspiração também muito causada pela qualidade do adversário, que terá feito, porventura, a melhor parte desta temporada, com qualidade em todos os setores do terreno.

Ainda assim, só estava 2-1 no marcador. Nos minutos finais, já com Fábio Carvalho em campo para adicionar criatividade, os comandados de Thomas Frank ainda conseguiram (finalmente) rematar, mas sempre sem pontaria. Resultado justo para o que foi o desafio e, após cinco partidas, o Man. United volta a vencer.