O empate do Al Nassr frente ao Al Shorta, do Iraque, na Liga dos Campeões da Ásia, foi o terceiro de quatro jogos sem vencer para a equipa de Cristiano Ronaldo e Otávio, comandada por Luís Castro. Os maus resultados fizeram circular rumores de que o técnico português estaria de saída do clube saudita e, questionado sobre se este seria o seu último dia enquanto treinador, respondeu assim:

«Há uma coisa que tenho de dizer a todos. Vou ver se falo sem ofender ninguém. Mentir é uma coisa muito feia em qualquer parte do Mundo. A verdade é aquilo que me guia. O trabalho é aquilo que me guia. Não estou hipotecado a nada nem a ninguém. Agarro-me ao trabalho. Não me agarro a ninguém, não peço nada a ninguém. Faço a minha carreira agarrado todos os dias à dedicação total e à determinação total. Se perguntar quem é o agente Luís Castro, ninguém sabe. Chamem-lhe 'Trabalho'. Sei o que o negócio do futebol significa, não me vergo perante nada. Sigo determinado com os meus jogadores até ao limite das minhas capacidades, levantando-me todos os dias para trabalhar. Com o trabalho preparado, sigo em frente. Se até hoje, com 28 anos de carreira, nunca fui despedido, é porque me agarrei sempre ao meu trabalho e, felizmente, tive sorte no meu caminho. Outros colegas fazem exatamente o que eu faço, agarram-se ao trabalho e, infelizmente, muitas vezes não têm essa sorte que eu tive até hoje. Vou procurar e tentar agarrar essa sorte. A única pressão que tenho é a que tenho desde que nasci. Viver com honestidade. Viver com verdade. Viver dedicado ao meu trabalho. Trabalho desde os 17 anos sem pedir nada a ninguém», disse o treinador, visivelmente incomodado.