Uns ficaram à beira, outros seguraram-se à eira. Neste caso, a Sequeira. Porque o guarda-redes internacional pela Costa Rica foi absolutamente decisivo para o ponto conquistado pelo Casa Pia. Os gansos estiveram organizados, é um facto, aqui e ali também espreitaram a vitória, mas é inegável que o Famalicão esteve (muito) mais perto de vencer. Só que, na hora da verdade, os minhotos depararam-se com um autêntico muro na baliza contrária.
Sedentos de colocarem a uma série de mais dois meses sem saborear um triunfo – o último foi a 3 de novembro de 2024, diante do Aves SAD (3-2), ainda com Armando Evangelista ao leme -, os famalicenses entraram de rompante e Óscar Aranda, logo aos 4 minutos, testou a atenção de Patrick Sequeira. Nesse momento, e ainda sem se saber, estava dado o mote para uma exibição de grande nível do número 1 dos casapianos, que reagiram de imediato, com Telasco Segovia a colocar Lazar Carevic à prova.
Já depois de Gustavo Sá deixar a sua ameaça, foi o Casa Pia que inaugurou o marcador: livre de Nuno Moreira e João Goulart teve cabeça para faturar.
O golo poderia ter deixado os minhotos intranquilos… só que não. Sorriso e Gil Dias viram Patrick Sequeira negar-lhes a felicidade, Rafa Soares e Duplexe Tchamba (este com um desvio inadvertido na direção da sua baliza) levaram a bola aos ferros da baliza casapiana. Sentia-se que o empate estava a chegar e… chegou mesmo: Óscar Aranda soltou uma bomba do meio da rua e devolveu a igualdade ao marcador – o lance deveria ter sido anulado porque a bola estava em andamento quando Tom van de Looi bateu o livre.
Até ao intervalo, mais… Patrick Sequeira. O keeper dos casapianos negou a reviravolta a Sorriso, primeiro, e a Enea Mihaj, depois. Que exibição… só em 45 minutos!
A etapa complementar foi muito mais intensa do que espetacular e a organização do Casa Pia já não foi tantas vezes desmontada pelo Famalicão. Mas a formação de Vila Nova voltou a cheirar a golo perto do fim, por Justin de Haas e Gil Dias, mas (ainda) havia… Sequeira.