Nico González marcou o golo que apurou o FC Porto para o playoff da Liga Europa. Em declarações após a vitória (1-0) sobre o Maccabi Tel Aviv, o médio espanhol salientou o espírito de união que tem existido na equipa e comentou ainda as algumas diferenças que existem no modelo de jogo incutido pelo novo treinador, Martín Anselmi.

"Estes jogos contra rivais na Europa sempre são complicados, se estão é porque têm nível, demonstraram, competiram bem. Todos os jogos que vencemos na Europa, sofremos, mas sofremos juntos e isso levou-nos à vitória", começou por dizer o centro-campista, em declarações à Sport TV.

O golo já foi à Martín Anselmi?
"Não, foi o trabalho em si, este ano tenho chegado à área. Recuperar este estilo? Tenho chegado sempre, não marco apenas há 3 ou 4 jogos. No final, jogámos muito pelas extremidades e no centro temos alguém como eu que jogam bem. Espero chegar mais à área, e marcar mais."

Era isto que faltava ao FC Porto?
"Quando não ganhas, a sensação de sofrimento surge. É importante, vai dar-nos confiança e estou certo de que se verá nos próximos jogos o que se viu hoje, a pressionar muito alto e a chegar muito acima no terreno", terminou.

Em declarações ao Porto Canal

Vitória graças ao seu golo, a que soube?
"É um jogo-chave, podia definir a temporada e estávamos conscientes da importância, tive a sorte de marcar o golo mas o importante é o trabalho que fizemos. Só tivemos dois dias para trabalhar com o novo treinador e felizmente correu bem."

A quem dedicou o golo?
"Creio que é evidente, à minha parceira e ao meu futuro, que não sei se será filha ou filho."

Estreia a marcar na UEFA, que sabor tem?
"É muito especial, este ano estou a marcar muitos golos e hoje tive a sorte de poder estrear-me e espero que cheguem muitos mais."

Na 2ª parte o FC Porto ficou mais agressivo, o que disse Anselmi ao intervalo?
"Mudámos um pouco, Pepê e Fábio Vieira mudaram de lado e foram em busca das jogadas por dentro, com os passes que dão tão bem com o pé dominante. Mesmo o Otávio e Djaló pressionaram muito bem. Com a defesa de 5 como jogámos é muito importante ter agressividade dos centrais, como vimos com o Otávio. Foi a chave do jogo, a meu ver."

Momento da equipa
"Foi essencial, este jogo era de vida ou de morte, dava a oportunidade de continuar na Europa, que merecíamos, em muitos jogos precisávamos de ganhar e não ganhámos. Vamos agora para os jogos de 'morte' e queremos passar", terminou.