Golos fantásticos, duas equipas de olhos na baliza. Defesas a marcarem e avançados que assistem para um dos melhores encontros da Liga, no qual ganhou o Santa Clara, que assim chega ao pódio, mostrando talento no ataque e solidez defensiva.

Entrada fortíssima do Santa Clara, a conseguir pressionar junto da área do Gil Vicente, a não deixar os minhotos saírem e a roubar cedo a bola. Não tardaram as oportunidades de golo: primeiro (2’) foi Gabriel Siva a rematar à barra num livre direto na esquerda; depois Sidney Lima a desviar de cabeça um livre e por muito pouco a não inaugurar o marcador.

Ainda houve momentos em que o Gil Vicente se libertou, mas o golo apareceu, com Gabriel Silva (sempre ele…) a marcar o canto e a permitir o golo de cabeça a Sidney Lima, que ao terceiro remate colocou o Santa Clara na frente.

Mexeu o marcador, mas não mudou o cariz do jogo. Contudo, o Gil Vicente conseguiu chegar à área contrária e por muito pouco Cauê não empatou. Valeu Sidney Lima, que por esta altura era a figura do jogo, eficaz numa e noutra área.

A partir daí, sim, um Gil Vicente mais agressivo com chegada à área. Mas foi de longe que Santi teve momento de génio, colocando a bola a tabelar na barra, junto ao ângulo, e a entrar. Chegava o empate e o jogo prometia.

Estava aberto o jogo e foi logo na resposta ao golo do empate que Vinícius esteve perto de marcar, com a bola a sair a centímetros do poste e ninguém a chegar a tempo de a empurrar para a baliza. Depois, mais um grande golo, de Diogo Calila, com cruzamento perfeito, mais um, de Gabriel Silva.

Na segunda parte seria impossível manter o ritmo, mas foi bem melhor o Gil Vicente, que andou perto do golo, mas não chegou ao empate. Aguirre deu outra agressividade à equipa minhota, que teve mais bola e lutou até ao último segundo pela conquista de pelo menos um ponto.

Mas quem poderia ter marcado foi Safira, que ganhou e falhou um penálti, aos 90+8. Justifica o Santa Clara os três pontos, mostrando qualidade no ataque e competência a defender. Os açorianos também chegaram ao pódio por terem tido capacidade de sofrimento nos últimos instantes.