Um empate num jogo onde ninguém mereceu vencer. Famalicão e Arouca não saíram do nulo, num jogo cinzento, com poucas oportunidades e um futebol muito pouco vistoso.

Os últimos minutos do primeiro tempo ainda deram esperança de algo diferente na metade complementar, mas a qualidade do jogo foi-se degradando cada vez mais. O jogo acabou quezilento, sem chances dignas desse nome e com um empate do qual ninguém pode reclamar de outro resultado.

Começou frio, acabou morno

Dois momentos diferentes. O Famalicão entrou nesta décima primeira jornada a almejar aproximar-se dos lugares europeus, enquanto o Arouca - em lugar de playoff de manutenção - estava necessitado de pontos como pão para a boca.

Armando Evangelista iria repetir a equipa da vitória em Vila das Aves, mas uma indisposição de Rochinha lançou Liimata para o onze. Vasco Seabra, no segundo jogo nos lobos de Arouca, lançou Pedro Santos e Sylla para os lugares de Fukui e Yalçin.

Aranda viu o seu tento anulado @Kapta+

O retrato do início do primeiro tempo foi fácil de traçar: expectante, mal jogado e algo displicente. Ambas as formações foram perdendo bolas fáceis e nunca conseguiram impor o seu jogo - apoiado e com bons intervenientes. O relógio foi andando sem que as oportunidades fossem uma realidade.

Por volta da meia hora, o jogo começou a aquecer. Mais combinações por dentro e menos erros não forçados lançaram as equipas para perto das áreas. Gil Dias e Aranda testaram o atento Mantl, que foi batido pouco tempo depois pelo espanhol, mas um fora de jogo de Rafa Soares invalidou o golo. Antes, já o Arouca tinha sofrido do mesmo, quando Trezza bateu Zlobin depois de sair de posição irregular.

A metade inicial fechou com o Arouca por cima e com Zlobin a voar para impedir o golo de Jason. Bons indicadores para o segundo tempo.

Nem azul, nem amarelo: só cinzento

A expectativa criada pelo final do primeiro tempo esfumou-se com os primeiros momentos depois do recomeço. A partida ficou novamente apática, sem grande fio condutor e longe de um futebol vistoso.

O tempo foi passando e os pontos de destaque na partida foram sempre pela negativa. Pouca baliza, muita bola no ar e, depois, o caldo entornado. Gil Dias e David Simão embrulharam-se em palavras e trocaram galhardetes, já a roçar a agressão. Miguel Nogueira decidiu sanar a situação apenas com cartão amarelo para o extremo do Famalicão, mas poderiam ter sido expulsos.

Essa quezília acendeu novamente a partida, que ficou mais agressiva, mas apenas nas divididas. O Arouca tomou mais conta do jogo, mas apenas criou perigo através de bolas paradas - Zlobin continuou o bom nível e não deu chances para os forasteiros conseguirem imaginar o golo.