As condições contratuais para o Cruz Azul libertar Martín Anselmi estavam definidas, mas o FC Porto assumiu uma posição dura no processo desde o primeiro momento. Nesse sentido, os azuis e brancos procuraram baixar o custo da saída do técnico argentino, tendo recusado ser considerados um emblema secundário no plano europeu. 

Foi esse o motivo pelo qual, tendo o processo em mãos, Villas-Boas deu ordens para que fosse apresentada uma proposta pelo valor destino ao que definiram no México como clubes de "Liga A" na Europa, ou seja, oriundos dos principais campeonatos. Para esses "tubarões", levar Anselmo apenas custaria, logo à partida, 2,8M€ (3M de dólares). Uma benesse que também abrangia as seleções de México, Argentina e... Espanha. 

Para qualquer outro clube ou seleção, a cláusula a ativar seria de 4,8M€ (5M de dólares), sendo ao abrigo desse critério, o FC Porto considerado um emblema de "Liga B". A derradeira exceção seriam competidores mexicanos do Cruz Azul, que teriam de pagar 7,6M€ (8M dólares) para resgatarem Anselmi no caso de terem acordo com o treinador para mudar de ares dentro do mesmo país onde já trabalhava. 

Pelo historial do FC Porto, posição no ranking europeu, títulos internacionais conquistados e, até, presença no Mundial de Clubes da FIFA, Villas-Boas entendeu que se aplicava aos dragões a cláusula destinada a tubarões e, ao que tudo indica, essa determinação vingou e o fumo branco está iminente para a saída de Anselmi se tornar oficial no Cruz Azul.

Quando foi buscar o argentino ao Independiente Del Valle, o emblema da Cidade do México teve de pagar cerca de 826 mil euros para ativar a rescisão. Depois de ter comunicado aos dirigentes do Cruz Azul que pretendia sair para o FC Porto, na segunda-feira à noite, a proposta de 2,8M€ chegou oficialmente na terça-feira de manhã, pela hora do país da América do Norte.