O futuro financeiro da Juventus está assegurado. Quem o garante é Paolo Ardoino, CEO da Tether, empresa de criptomoedas que adquiriu recentemente uma participação minoritária do clube italiano.

"Associam-nos a criptomoedas, mas, na realidade, fazemos muitas outras coisas e estamos a desenvolver muito em novas tecnologias, incluindo um sistema de pagamento como o PayPal, mas utilizando blockchain. Estamos também a adquirir uma empresa que desenvolve inteligência artificial e outras empresas envolvidas em biotecnologia. A IA e a biotecnologia serão cada vez mais importantes no mundo do futebol, e a Juventus tem uma enorme base de fãs em todo o mundo: é uma das marcas mais reconhecidas", disse o empresário, em entrevista ao 'Corriere della Sera', acrescentando:

"Ser patrocinador da Juve? Não excluo a possibilidade, mas, neste momento, não conhecemos os termos de um potencial acordo de patrocínio. De certeza que não estamos a fazer tudo isto para fazer publicidade: fechámos o ano passado com 13,7 mil milhões de lucros, temos capacidade financeira para apoiar a equipa durante os próximos 2 mil anos."

Paolo Ardoino explicou também os motivos que levaram a empresa a entrar no mundo do futebol. "Diria que se trata de uma combinação de factores, a começar pelo nosso apoio: tanto eu como o Giancarlo (fundador da Tether) somos adeptos da Juventus. Não somos um fundo especulativo. E pensamos que a equipa tem um potencial incrível, afinal de contas, a Juve é um dos clubes mais importantes do mundo. Pareceu-nos correto apoiar uma oportunidade italiana."

O novo acionista da Vecchia Signora avaliou também o trabalho do técnico Thiago Motta. "Ele dá a impressão de ser uma pessoa extremamente capaz. Podia fazer melhor, como toda a gente, mas é um treinador com capacidades incríveis", concluiu.