A máquina está com problemas de funcionamento. O Manchester City, a armada de Pep Guardiola, a primeira equipa a ser campeã inglesa quatro vezes desde que a competição começou em 1888, o crónico candidato ao triunfo na Liga dos Campeões, está em crise. Já não é um mau momento, um mau período, é crise.

Derrota por 2-1 contra o Tottenham a 30 de outubro, na Taça da Liga. Derrota por 2-1 a 2 de novembro contra o Bournemouth, na Premier League. Derrota por 4-1 em Alvalade, contra o Sporting, na Liga dos Campeões, dia 5. E, finalmente, derrota por 2-1 contra o Brighton.

Quatro derrotas seguidas. Pela primeira vez na história, o mestre catalão perde um quarteto de desafios de forma consecutiva. “Há sempre uma primeira vez na vida…”, disse, irónico, Pep quando, no final do encontro em Brighton, foi confrontado com esta estatística.

A ausência de Rodri — que será baixa por lesão até final da temporada — continua a ser um bug na máquina que o potente coletivo não consegue resolver. Em Brighton, Matheus Nunes foi titular e Bernardo Silva saiu do banco aos 72', mas ambos testemunharam a reviravolta da bela equipa do jovem alemão Fabian Hürzeler, de apenas 31 anos.

Haaland ainda fez o 1-0 aos 23'. No entanto, tal como em Alvalade, golos de rajada derrotaram o City. Primeiro foi João Pedro, com o 1-1 aos 78', depois foi O'Riley, com o 2-1 aos 83'.

Quatro derrotas em três competições diferentes fazem soar todos os alertas. Assumindo os problemas do momento, Guardiola não se resigna. “Adoro um desafio, temos este desafio. Não vou desistir, quero, mais do que nunca, ter êxito”, atirou o treinador após o apito final.

Esta é, também, a primeira vez que o City perde quatro jogos de seguida desde que o dinheiro do Abu Dhabi revolucionou o clube, em 2008. A última vez que o clube fora batido quatro vezes consecutivas foi entre abril e agosto de 2006, com Stuart Pearce como técnico.