
O empate com o Botafogo na estreia do Campeonato Brasileiro marcou o terceiro jogo consecutivo em que o Palmeiras não marcou, tal como aconteceu nas duas finais do Campeonato Paulista. Com isto, a equipa iguala a pior sequência da era Abel Ferreira, que assumiu o clube no final de 2020.
«Estamos longe do nosso nível e ainda bem. Porque temos muito a trabalhar. Temos de ser mais eficazes, porque no final a oportunidade mais clara foi nossa, mas não fizemos golo. Temos de estar focados no que temos de fazer para estar em cada competição até ao fim», afirmou o treinador após o jogo de domingo, referindo-se a uma boa oportunidade de Flaco López aos 87 minutos.
Abel, contudo, acredita que o «recorde» dos últimos jogos só é «escolhido» por ser desfavorável. «Nos últimos cinco jogos sofremos apenas um golo e fizemos quatro. Olhem para o que vos apetecer», argumentou na conferência de imprensa, trazendo à conversa as vitórias sobre o São Paulo (1-0) e São Bernardo (0-3).
Antes do atual jejum, o pior momento ofensivo do Palmeiras ocorreu no final de julho de 2024, também com três jogos sem marcar. Naquela ocasião, o Palmeiras perdeu para o Fluminense (1-0) e Vitória (0-2) pelo Brasileirão, e foi derrotado no primeiro encontro das oitavas da Copa do Brasil, contra o Flamengo (2-0). A seca terminou com um empate (1-1) diante do Inter, no início de agosto.
Ataque nunca foi problema
Apesar de ser considerada uma equipa mais equilibrada que propriamente virada para as goleadas, o Palmeiras de Abel terminou todos os Campeonatos Brasileiros que disputou entre os melhores ataques da competição.
Em 2021, no primeiro ano ao comando do Palmeiras durante todo o Brasileirão, a equipa alviverde terminou na terceira posição e com o terceiro melhor ataque (58 golos), atrás do campeão Atlético Mineiro (67) e do Flamengo (69). Nos dois anos seguintes, conquistou dois títulos e sempre com o melhor ataque: 66 golos em 2022, 64 em 2023. No ano passado, mesmo com a série de jogos sem marcar, foi o segundo conjunto mais goleador (60), apenas atrás, por pouco, do Flamengo (61).