
Depois do acidente de Jorge Martín no GP do Qatar de MotoGP, Paolo Simoncelli urge a repensar a segurança e os limites de pista no MotoGP – que dão constantes debates.
Em Losail, o espanhol passou totalmente por cima de um corretor, perdeu o controlo da moto e caiu, sendo depois parcialmente atingido por Fabio Di Giannantonio (Pertamina Enduro VR46/Ducati) – que seguia logo atrás.
A primeira crítica de Simoncelli, em entrevista ao site GPOne.com, prende-se com os corretores: ‘É por isto que comecei a pensar sobre os famosos corretores «Misano». Entretanto, as jantes cada vez mais leves, na perseguição de desempenho a todo o custo, dobram-se e danificam-se, e há sempre um custo para as equipas. E talvez eles tenham dado luz verde com demasiada imprudência’.
O italiano salientou depois que têm de existir medidas mais fortes contra infrações de limites de pista: ‘Tem de ser considerado que os pilotos de hoje não têm regras. Eles sabem que para além da curva não há gravilha, não há um precipício, e tudo se torna num «festival fora de pista». Há asfalto, e isso muda tudo. Aqueles que se atrevem, não pagam por isso. Aqueles que saem largo voltam à pista sem problemas. Aqueles que não cometem erros… que tipo de vantagem têm. Continuamos a recompensar o risco e a penalizar precisão’.
Simoncelli sugeriu depois: ‘Tenho dito isto há algum tempo: é necessária uma regra clara. Por exemplo, se sais de pista recebes um segundo de penalização. Caso contrário, como não podemos introduzir fossos cheios de crocodilos, voltamos à boa velha gravilha. Onde os erros têm um preço Onde toda a ação em pista importa e ensina’.