Paulo Fonseca e Rafael Leão têm pela frente mais um difícil encontro na Liga dos Campeões. Depois da derrota caseira frente ao Liverpool (1-3), o Milan procura esta terça-feira, na 2.ª jornada da competição europeia, a primeira vitória na prova, porém, para o conseguir, terá de derrotar o Leverkusen, na Alemanha, cujo duelo está marcado para as 20 horas. Esta será a primeira vez na história que os clubes medem forças, mas, afinal, o que podemos esperar do encontro?
Para o técnico português, o adversário germânico tem «um estilo de jogo muito próprio» e isso «consegue-se ver especialmente na forma como atacam». Contudo, esta previsibilidade não deixa de tornar o processo ofensivo da equipa orientada por Xabi Alonso de ser «muito difícil de parar», mesmo que o Milan venha de confiança redobrada depois de duas vitórias consecutivas, uma delas frente aos arquirrivais Inter. Nem significa que a defender, os campeões da Bundesliga sejam menos fortes.
«Quando são obrigados a defender, funcionam muito bem como unidade. São uma equipa muito compacta. É difícil apontar-lhes um ponto fraco», analisa Paulo Fonseca.
Apesar disso, as dúvidas quanto ao onze inicial que o treinador português escolherá só serão desfeitas momentos antes do apito inicial. Parte dessa razão deve-se ao regresso aos treinos de Álvaro Morata – que teve uma pequena lesão no joelho direito -, assim como os retornos do capitão David Calabria e do avançado Noah Okafor.
Com todas as opções ao dispor, as primeiras incertezas estão na linha defensiva. Com o regresso de Calabria, este pode entrar já para o lugar de Emerson Royal, na posição de lateral-direito e Pavlovic poderá ser o parceiro de Gabbia na dupla de centrais. Com a pequena lesão de Morata, Paulo Fonseca poderá por optar dar descanso ao espanhol, optando por Ruben Loftus-Cheek a jogar atrás de um único ponta de lança.
«Esperamos futebol inteligente»
Do lado caseiro, o Leverkusen procura dar seguimento ao caminho vitorioso na Champions, depois de ter começado a mesma com goleada no reduto do Feyenoord (4-0). Para Xabi Alonso, treinador do clube alemão, é sempre especial defrontar o Milan. Enquanto jogador do Liverpool, celebrou a conquista da Liga dos Campeões ao vencer, na final, uns rossoneri repletos de estrelas como Cafu, Gattuso e Seedorf, especialmente depois de recuperar de uma desvantagem, de 0-3.
E é precisamente a «qualidade individual» que o agora técnico espanhol aponta como ponto forte dos adversários italianos. «Têm jogadores perigosos, mas que trabalham bem em conjunto. Vamos precisar de mostrar o nosso melhor nível e elevada concentração para os derrotar.
Já o defesa-central Jonathan Tah diz esperar um jogo «de futebol inteligente». «O Milan está preparado para defender com uma linha recuada, mas também são capazes de dominar a posse de bola», avaliou o alemão que, tal como Paulo Fonseca disse sobre o Leverkusen, considerou que os rossoneri também têm «um estilo de jogo muito próprio».