A 116.ª edição da clássica Milão-Sanremo teve uma enxurrada de emoção. Foram 6:53.22 horas de loucura entre o sobe e desce tradicional da Classicissima italiana.

Muito por culpa de Tadej Pogacar (UAE-Emirates), pois claro. O esloveno queria muito vencer um dos dois únicos monumentos que lhe falta conquistar – também não ganhou Paris-Roubaix, mas porque nunca a correu – e deixou a intenção bem clara. Atacou sempre que pôde, fez os concorrentes andarem constantemente atrás do prejuízo.

Mas no momento decisivo, viu Mathieu Van der Poel (Alpecin-Deceuninck) ser mais forte no sprint para ganhar o sétimo monumento da carreira, igualando Pogacar, na segunda vez que triunfou em Itália. Aliás, na reta final, Pogacar perdeu também para o italiano Filippo Ganna (Ineos), contentando-se com o terceiro lugar.

Será que pagou pela ousadia característica do seu ciclismo que voltou a colocar na estrada? É que logo na subida à Cipressa, a 24 quilómetros da meta, e apesar de ter entrado na subida mal colocado, Pogacar atacou forte. Tão forte que só levou com ele a dupla com quem viria a discutir o triunfo.

Não contente, Pogacar voltou a atacar no Poggio. Fê-lo três vezes e chegou a deixar Ganna ligeiramente para trás, mas não o suficiente. E com o pelotão a quase um minuto do trio da frente, a decisão foi feita ao sprint. Um sprint tático no qual, todos os olhos estavam em Pogacar, mas no qual o esloveno foi batido pela concorrência.

Vai ter mesmo de ficar para uma próxima, Tadej.