Depois de vencer Liège-Bastogne-Liège, Volta a Itália e Volta a França esta temporada, Tadej Pogacar acrescenta mais uma conquista em 2024, que o faz subir ainda mais alto no galarim da história do ciclismo: sagrou-se campeão do mundo de fundo e é um dos três únicos corredores que ganharam Giro, Tour e Mundial no mesmo ano, depois de Eddy Merck e Sean Kelly.
O também primeiro campeão do mundo esloveno atacou a mais de 100 quilómetros do final do grupo dos principais adversários, juntou-se aos fugitivos, que rapidamente deixou para trás, realizando uma incursão individual de 50 quilómetros para vencer com 34 segundos de vantagem em Zurique.
«Não acredito no que aconteceu... Depois de uma temporada desta, já tão boa, coloquei-me sob imensa pressão para esta corrida», começou por declarar o novo detentor da tão desejada camisola arco-íris.
«A corrida acalmou muito cedo e havia uma fuga perigosa. Pode ter sido um ataque estúpido, mas apesar de tudo tinha Jan [Tratnik] comigo [estava nesse grupo de fugitivos e descaiu para ajudar o seu compatriota e líder da seleção eslovena] e nunca tive dúvidas sobre se deveria continuar a insistir neste movimento. É um dia incrível, nem consigo acreditar», afirmou Pogacar sobre a sua ofensiva madrugadora, que surpreendeu toda a concorrência.
«Não estava planeado atacar a 100 quilómetros, claro que não! Tínhamos uma estratégia para controlar a corrida, mas afinal de contas a corrida resolveu-se bastante cedo e não sei o que estava a pensar naquele momento. Felizmente, consegui ter sucesso. Mas foi tão difícil, é inacreditável», reforçou o esloveno, campeão mundial aos 26 anos.
«Depois de vários anos a lutar no Tour e noutras provas importantes, que felizmente consegui vencer, mas nunca o Campeonato do Mundo. Nunca foi um objetivo fundamental para mim, mas este ano tudo se alinhou. E depois de uma temporada perfeita, tinha este grande objetivo, ser campeão do mundo», assumiu Pogacar. «Quero agradecer a toda a equipa, sem os meus companheiros compatriotas não teria sido impossível. Estou muito orgulhoso da minha seleção», conclui o orgulhoso esloveno.