
Dinamarca e Portugal encontraram-se, no Estádio Parken em Copenhaga, nos quartos de final da Liga das Nações, nesta que foi a primeira mão deste confronto em que os lusos saíram derrotados por 1-0.
À entrada para este jogo ficou a curiosidade para perceber se de facto, Roberto Martinez iria entrar com o meio-campo composto por Vitinha, João Neves e Bruno Fernandes e foi mesmo isso que aconteceu. O trio foi selecionado, mas não conseguiu encontrar-se dentro de campo. Além destas escolhas, é de salientar a titularidade de Renato Veiga que, diferentemente de outros jogos, não deu garantias.
Apesar do favoritismo de Portugal foi a Dinamarca que entrou melhor. Mais incisivos na pressão, algo tradicional na equipa de Brian Riemer, e por pouco não chegou à vantagem após um erro grosseiro de Diogo Costa. Os primeiros 45 minutos trouxeram à tona as lacunas do conjunto português, principalmente na saída a jogar.
Portugal não soube controlar com bola e pôr fim ao ritmo dos dinamarqueses. A seleção nacional simplesmente não conseguiu criar oportunidades, a par de um remate de Pedro Neto.

Em contrapartida, a Dinamarca teve aproximações perigosas que acabaram por se consumar num penálti defendido por Diogo Costa e desperdiçado por Eriksen. Por pouco que Portugal não ficava em desvantagem. O erro do início do jogo catapultou o guardião português para uma primeira parte de sonho com duas/três intervenções de altíssimo nível.
Tirando a exibição do guarda-redes do FC Porto, não houve nada, mas nada, de bom na primeira parte de Portugal. Faltou tudo. Sem bola, com continuidade, as individualidades portuguesas ficaram expostas e foi um festival de erros. O empate ao intervalo não foi justo para a Dinamarca que criou o suficiente para estar em vantagem.
E dos balneários voltou a péssima exibição de Portugal que, novamente, não existiu no jogo. Os dinamarqueses enjaularam Portugal. Por demérito próprio que não fizeram o primeiro golo da partida.
Há qualidade, mas há que saber utilizá-la, algo que, infelizmente, Roberto Martinez, não sabe. A precisar de vencer fica na retina as primeiras escolhas de Roberto Martinez. O espanhol coloca Rúben Neves, Nélson Semedo e Gonçalo Inácio. É inconcebível que uma seleção como a de Portugal, coloque três jogadores com características defensivas.
O que é certo é que mudou o esquema e a Dinamarca acabaria por abanar as redes de Diogo Costa. Sem marcar em Manchester, Hojlund fez o gosto ao pé depois de uma excelente jogada dos dinamarqueses.
Uma derrota merecida de Portugal que, em momento algum, esteve no jogo, tendo apenas dois remates enquadrados em toda a partida. Desde o coletivo ao individual, não houve “ponta por onde de pegasse”. Possivelmente, a pior exibição sob o comando de Roberto Martinez. Paupérrima, simplesmente.
A vitória da Dinamarca foi justa e a segunda mão será no Estádio José Alvalade, no domingo às 19:45, onde a exibição lusa terá que ser quase perfeita para reverter um resultado que podia ter sido bem pior.