A conceituada revista norte-americana Forbes, especializada em negócios e finanças, divulgou, esta quarta-feira, os salários anuais, com bónus incluídos, dos 10 pilotos mais bem pagos na Fórmula 1.

Um desporto de elite que vê esse estatuto condizer com os valores que auferem os pilotos, principais protagonistas de uma modalidade que continua a acumular fãs a cada nova temporada.

1.º - Max Verstappen: 71,5 milhões de euros

Sem surpresas, na pole position está o tetracampeão mundial Max Verstappen. Num ano em que o título parecia estar a fugir-lhe por entre os dedos, com a Red Bull a sentir dificuldades em ver o carro progredir e, em simultâneo, a medir forças com uma McLaren cada vez mais dominante, o piloto neerlandês mostrou porque é um dos melhores de sempre.

JAKUB PORZYCKI/Reuters

2.º - Lewis Hamilton: 54 milhões de euros

O ano de 2024 será, inevitavelmente, um dos mais marcantes na carreira do heptacampeão do mundo. Não só por ter voltado a vencer um Grande Prémio três épocas depois ou por ter concretizado um "sonho de criança" ao assinar pela Ferrari, mas principalmente porque chegou ao fim a relação mais vitoriosa da história da F1: seis títulos de piloto e oito de construtores. Em 2025, deverá pertencer-lhe a liderança deste ranking já que, segundo a imprensa italiana, vai auferir na Scuderia cerca de 100 milhões por ano.

PETER POWELL

3.º - Lando Norris: 33,5 milhões de euros

Na temporada mais desafiante da carreira do piloto britânico, a possibilidade de destronar Max Verstappen e celebrar uma inédita conquista do título ganhou contornos de realidade a meio da época. O desempenho em pista foi insuficiente para superar o neerlandês, em parte devido ao fortíssimo arranque de temporada da Red Bull e de Verstappen. No próximo ano, poderá partir da 'pole' na luta pelo Mundial de pilotos. No plano coletivo, celebrou o regresso da McLaren aos títulos 26 anos depois.

Amanda Perobelli/Reuters

4.º - Fernando Alonso: 26 milhões de euros

O homem que desafia a passagem do tempo. Aos 43 anos, é um nome incontornável, não só da Fórmula 1, mas do desporto motorizado. Tem contrato com a Aston Martin até 2026, ano em que o carro da equipa britânica terá a assinatura do "génio" da aerodinâmica, Adrian Newey. Depois dos títulos de 2005 e 2006, será o tri um cenário irrealista?

Hiro Komae

5.º - Charles Leclerc: 25,5 milhões de euros

A meio da classificação surge o primeiro piloto da Ferrari. Aos 27 anos, o monegasco viveu mais uma temporada de altos e baixos que terminou de uma forma brilhante: no GP de Abu Dhabi, última corrida da época, partiu de 19.º e alcançou um lugar no pódio (3.º), um feito que não acontecia na Fórmula 1 há 17 anos.

Amr Alfiky

6.º - George Russell: 22 milhões de euros

Aos 26 anos, o piloto britânico prepara-se para, em 2025, liderar a escuderia germânica em pista, com a entrada do jovem rookie Kimi Antonelli (18 anos) para o lugar de Hamilton. Numa época positiva, em que o carro da Mercedes esteve quase sempre longe de ser o mais competitivo, Russell venceu duas corridas e foi sexto no Mundial, à frente do futuro piloto da Ferrari.

JAKUB PORZYCKI

7.º - Oscar Piastri: 21 milhões de euros

Depois de uma temporada de estreia auspiciosa em 2023, o piloto australiano subiu a parada. Estreou-se a vencer um Grande Prémio na Hungria, repetiu a façanha no Azerbaijão e capitalizou em pista o poderio do MCL38. Depois de vencer, nos anos de estreia, os Mundiais de Fórmula 3 e Fórmula 2, no próximo ano quererá entrar na luta pela hegemonia na Fórmula 1.

Denes Erdos

8.º - Sergio Pérez: 18,5 milhões de euros

O vice-campeão de 2023 esteve irreconhecível nesta temporada. Terminou a época sem vitórias (o único piloto dos "big four" - McLaren, Ferrari, Red Bull e Mercedes - que ficou em 'branco') e hipotecou qualquer aspiração da equipa austríaca a um novo título de construtores, com vários desempenhos fora dos pontos. Renovou por dois anos com a Red Bull em junho e, apesar das paupérrimas performances em 2024, poderá exigir uma indemnização milionária para atravessar a (aparentemente escancarada) porta de saída.

Rula Rouhana

9.º - Carlos Sainz: 18 milhões de euros

Na temporada de despedida da Ferrari - a melhor de Sainz ao volante do Cavallino Rampante - o piloto espanhol, que rumará à Williams em 2025, foi quinto no Mundial e decisivo para o segundo lugar alcançado pela Scuderia no Mundial de construtores. No próximo ano, deverá estar arredado dos primeiros lugares da grelha e da luta por triunfos.

Amr Alfiky

10.º - Pierre Gasly: 11,5 milhões de euros

O único a figurar no top 10 sem deter o estatuto de campeão mundial ou de piloto dos "big four" é o francês Pierre Gasly, da Alpine. E provou, em 2024, ser merecedor da retribuição financeira que a equipa de Enstone lhe concede: além de ter somado 42 pontos (quase o dobro dos que acumulou o colega de equipa Esteban Ocon), fundamentais para o sexto lugar alcançado pela escuderia gaulesa no Mundial de construtores, fez história ao custar à Alpine um total de...zero euros em 2024, já que não causou qualquer dano no carro durante as 24 corridas da temporada. Nunca um piloto de Fórmula 1 havia logrado tal proeza.

Ettore Chiereguini