Após o empate com o Al Shorta, que ditou a saída de Luís Castro do comando técnico do Al Nassr, o conjunto saudita pretendia somar a primeira vitória na Liga dos Campeões da Ásia. Agora com Cristiano Ronaldo no onze - o astro português não havia jogado na primeira jornada, no Iraque - e já com Stefano Pioli no banco, a equipa, que também contou com Otávio no onze, bateu o Al Rayyan, do Catar e de André Amaro.
A jogar em casa, o Al Nassr não deixou que o emblema visitante não ficasse confortável. Bento só teve de intervir uma vez no primeiro tempo e Cristiano Ronaldo, sempre na busca do golo, foi o mais perigoso, mas o astro português cabeceou por cima e, em duas ocasiões, viu Paulo Víctor negar-lhe o golo com duas boas defesas.
Apesar da superioridade dos sauditas, o jogo parecia caminhar para a igualdade no intervalo, com o 0-0 a manter-se aos 45'. Logo no primeiro minuto de compensação, contudo, um passe certeiro de Al-Ghannam encontrou Sadio Mané que, nas alturas, fez o primeiro da partida.
Esta foi, de resto, a última ação de Mané no jogo, ele que já não voltou para o segundo tempo, dando lugar a Ghareeb, que se revelaria decisivo. Numa segunda parte mais equilibrada que a primeira, o Al Nassr até podia ter entrado com o 2-0, mas Cristiano Ronaldo estava ligeiramente adiantado no momento do passe de Otávio.
Foi só uma questão de tempo até Cristiano Ronaldo entrar na lista de goleadores: Ghareeb soltou no capitão que, de primeira e com o pé esquerdo, disparou um pontapé fulminante, sem hipóteses para Paulo Victor. Estava feito o segundo e com direito a dedicatória especial: com as mãos apontadas para o céu, Ronaldo dedicou o 904.º tento da carreira ao pai, que faria esta segunda-feira 71 anos.
O 2-0 não foi sinónimo de tranquilidade até ao fim, uma vez que Róger Guedes, aos 87', reduziu a vantagem. Os nove minutos de compensação podiam ter tirado o triunfo aos anfitriões, mas o Al Nassr aguentou a pressão e venceu pela primeira vez nesta edição da prova.