Eis a última conferência de Ruben Amorim como treinador do Sporting CP. O técnico de 39 anos parte rumo a Manchester depois da partida frente ao SC Braga este domingo, dia 9 de novembro.

Os leões deslocam-se à Pedreira com a intenção clara de «igualar o melhor arranque de sempre da história do clube no campeonato» e deixar «tudo preparado para o próximo treinador conseguir quebrá-lo», palavras do português.

Pode ler aqui a primeira parte das declarações do técnico.

Ruben Amorim em discurso direto:

Mensagem para os adeptos: «Agradeço muito a forma como sempre fui recebido e como me senti. Quando cheguei, nem toda a gente me queria cá porque era do Benfica e porque custei muito dinheiro, mas foi-me dado o benefício da dúvida. Eu perguntei 'E se corre bem?', e correu. O clube com que nascemos é o clube que nascemos, não há nada a fazer. A verdade é que eu nunca pensei que fosse gostar do Sporting como gosto.»

Legado: «Fizemos coisas que não se viam há muito tempo, com recordes e títulos. Pertencemos a um período, agora, dizer se é o melhor ou o pior... A verdade é que, se o mister Peseiro tivesse ganho o campeonato e a Liga Europa, algum de nós teria sido melhor do que ele? Não. Simplesmente, perdeu uma final aqui e o Luisão marcou de cabeça ao Ricardo. Dois momentos mudam a forma como se vê a história do Sporting e do mister Peseiro.»

«Tenho noção de que a sorte, na vida, é muito importante, e eu tive a sorte que outros não tiveram. O mister Jesus também esteve para ganhar o campeonato. Pertencemos a uma fase do Sporting onde se ganhou títulos e isso marca as pessoas. Somos das melhores equipas técnicas da história porque ganhámos, o futebol é muito de resultados.»

Música para despedida: «Só quero ganhar. Não tenho uma música, só três pontos, uma vitória e talvez eles a gritarem 'Queremos o Sporting campeão'.»

Diferenciador na comunicação?: «Já sei o que vou dizer quando venho para aqui. Tenho uma preparação com o Filipe. Se eu ler todas as coisas que escrevem sobre mim, vou ficar zangado e chateado porque vou estar à espera de responder aqui. Obviamente que é uma estratégia. Os resultados ditam tudo. Eu sei que se perder jogos que vou embora e se ganhar que fico. Eu sou genuíno no que digo e quando não sou nota-se bem.»

Situação de Inácio: «O Inácio vai, mas não vai entrar de início. É um jogo muito importante, e, se houver alguma questão, precisamos que esteja lá. Vamos na máxima força para vencer um jogo muito importante para nós.»

Ruben ou Rúben?: «O meu nome não tem acento, começou a aparecer com acento. A primeira vez que vi foi no Qatar, e deixei estar, mas o meu nome não tem acento.»

Pote no Man. United?: «O Pote pode jogar em qualquer equipa do mundo, com qualquer treinador, porque é um grande jogador. Não é o jogador que chame mais a atenção, mas poderia levá-lo para qualquer sítio, porque é engraçado, o que ajuda na relação pessoal, e muito inteligente.»

Mensagem para o Ruben do passado: «Dir-lhe-ia que vai correr tudo bem, porque, nessa fase, é difícil e temos muitos sonhos. Só lhe dizia para relaxar um bocadinho e que iria correr tudo bem, mas, no fundo, ele já sabia.»