Rui Borges realizou a antevisão do encontro entre o Sporting e o Arouca, relativo à vigésima segunda jornada da Primeira Liga.

Rui Borges esteve presente na sala de imprensa de Alcochete, de modo a realizar a antevisão do Sporting x Arouca, válido pela vigésima segunda ronda da Primeira Liga:

«O Arouca é uma boa equipa, muito dinâmica, com uma clara ideia de jogo, vêm a Alvalade para dividir o jogo e cabe-nos a nós ser o que temos sido ao longo dos últimos tempos, exceto na Champions. Temos apanhado equipas com blocos baixos, linhas de 5, amanhã não deve acontecer o mesmo. O Arouca está a crescer, mas somos o Sporting», garantiu o treinador leonino.

«Gyokeres? O Morita tem uma lesão e vai estar parado três a quatro semanas. O Viktor está disponível para jogo, não tenho mais nada a dizer», confirmou o técnico quanto ao estado físico de Morita e Gyokeres.

«Castigo de Diomande? Não quero fugir muito à ética que tenho tido. O clube tem a mesma ética, sem entrar muito na questão. No fim do jogo não o fiz. O que peço é que olhem para as coisas de igual modo, com o mesmo critério. Não quero entrar individualmente naquilo que é o árbitro. No Vitória também passei por isto. Apenas pedimos um bocadinho de igualdade nos critérios», afirmou Rui Borges.

«A parte jurídica do clube está encarregue do Diomande. A decisão do Viktor Gyokeres jogar ou não é apenas minha», atirou o treinador do Sporting.

«Eu entendo isso das segundas partes. A parte física é importante. A nível da UEFA somos a equipa com maior média de jogos em termos mensais, 6,2. O resto anda em 5 e qualquer coisa. É a equipa com mais minutos de jogo ao nível da Europa. Desde que estou aqui fiz dois treinos de intensidade, é difícil. Eu não vou falar do que vem para trás. Não vou arranjar nada para me desculpar. A equipa está cansada e tem tido algumas lesões. O Morten Hjulmand parou depois de 15 jogos seguidos. Não são máquinas e o cansaço existe. Há momentos em que não fomos capazes na segunda parte pelo défice físico e também por outras coisas, claro. A tomada de decisão é mais lenta. Vê-se bem o cansaço nos pequenos comportamentos. No jogo do Dortmund, o Sporting campeão tem sete titulares de fora. Olhem para as coisas de forma geral, temos adaptado jogadores. É normal que a equipa se ressinta. Os jogadores têm sido fantásticos. Tirando a Champions, no campeonato estamos muito bem, estamos quatro pontos à frente, somos o melhor ataque e a melhor defesa. Foram jogos muito competitivos», comentou o técnico de 43 anos sobre o estado físico do plantel.

«Fiquei feliz com o mercado porque o Sporting não deixou sair ninguém. Fomos capazes de manter o Morten e o Viktor, que são jogadores apetecíveis», garantiu Rui Borges.

«Tenho ganho, o Iván vinha de mano e meio quase sem minutos e tem correspondido. O Zeno também, numa posição que nem é dele. O Simões tem-se imposto e tem somando minutos. É um jogador de equipa principal. O mesmo para o Harder. Alguns jogadores estavam há espera de minutos e agora estão felizes. Isso a mim enaltece-me. Eles têm sido fantásticos», afirmou o técnico leonino.

«A vida de treinador é um desafio constante e por isso os treinadores portugueses são tão conceituados. Conseguem agarrar os desafios. O Sporting tem sido muito desafiante, a equipa estava a perder alguma confiança, tinha acabado de sair um treinador que marcou o clube. É normal que tentem comparar. Eu sou o Rui Borges, esta é a era Rui Borges e a era do Ruben Amorim foi fantástica e eu admiro-o muito. Este é o maior desafio da minha vida, mas é para isto que trabalhamos», continuou o treinador do Sporting.

«A gestão não se prende com os jogos nem com a competição. Entra sempre o melhor onze em campo. O nosso objetivo é sempre ganhar. Na Champions não temos sido capazes e a culpa e do treinador. Amanhã entraremos com o melhor onze possível. Acho que vamos conseguir ser mais constantes durante mais tempo. Isto precisa de algum tempo. O Geny Catamo está fora deste jogo e do da Champions League», respondeu quando questionado novamente sobre o estado físico do plantel.

«A maior motivação que podemos ter é vermos que estamos em primeiro e queremos ser campeões. Temos de ser capazes de lutar contra o cansaço e sermos competentes. Estamos numa fase em que precisamos de ser competentes e a malta tem sido muito competente. Amanhã não foge à regra», comentou sobre o jogo.

«50 dias à frente do Sporting? Esqueçam as comparações. O Sporting não era primeiro quando cheguei. Posso prometer que vamos lutar por todos os jogos e para sermos campeões. Somos a melhor equipa porque vamos à frente. A mim compete-me chegar ao fim e ser campeão, algo que os sócios também querem», afirmou Rui Borges.

«Índices físicos? Se calhar dá chá de limão quente, ao nível psicológico (risos). Eu percebo que tentam dizer e aceito. Têm que perceber em que jogos se sentiu mais o baixar de forma e a competitividade. São os de maior exigência, na primeira parte fomos sempre melhores que os adversários. Todas as equipas passam por estes piques de quebras. Dentro de portas temos sido muito competentes. O Dortmund faz substituições com malta fresca e é sempre a andar. O Sporting faz substituições com malta a ganhar minutos. Tomara eu ter todos os jogadores com toda a disponibilidade», garantiu o técnico leonino.

«Ninguém disse que o Pedro Gonçalves regressou ao terreno. Diz-se tanta coisa. O Pedro Gonçalves não tem uma lesão grave, mas precisa de ser mesmo bem tratada. Está a cumprir todos os parâmetros. Vamos esperar que recupere na totalidade», prosseguiu.

«Por mim o grupo está fantástico, por mim está top. Viram o Pote treinar, também podem ver o que os jogadores sentem com a equipa técnica, estou a brincar (risos). Tivemos dois treinos de intensidade. Eles têm grande capacidade de agarrar a mensagem. O Sporting nunca vai ser como antigamente, cada treinador é à sua maneira. O Sporting do Rui Borges tem sido forte, está em primeiro. O nosso dia a dia tem sido muito positivo, a harmonia que se vive a academia é fantástica. Eu sou honesto naquilo que sinto. Tem sido uma dinâmica muito boa, os jogadores estão felizes e cientes do objetivo que todos querem. O momento mais difícil se calhar foi perder a Taça da Liga, porque queríamos ganhar. tenho sido um treinador muito feliz. Não tive natal (risos), mas tive a melhor prenda que alguma vez pude pensar», concluiu o treinador do Sporting.