Rui Silva está a viver o melhor momento da sua carreira, ao ser o titular indiscutível da baliza do Betis, isto após a saída do seu concorrente, Claudio Bravo, o que até lhe valeu um regresso à Seleção Nacional.
O guarda-redes falou sobre o bom início de temporada, onde ainda só perdeu com o Real Madrid: «Isso deve-se ao trabalho de toda a equipa, não só do guarda-redes. Há um grupo muito empenhado em poder ajudar defensivamente porque sabemos que não sofrer golos é muito importante em jogos que se resolvem pelos detalhes. É possivelmente o meu melhor momento a todos os níveis. Amadureci muito e agora jogo com mais calma. Ganhei em personalidade e caráter», começou por dizer, em entrevista ao AS, antes de falar sobre a temporada passada, em que rodava na baliza com o chileno.
«Todas as experiências do futebol profissional ensinam. Felizmente agora jogo com mais frequência e estou a gostar mais do que nunca. É sempre preciso respeitar o treinador, embora deva admitir que para mim, principalmente no início, quando cheguei, foi difícil. Não consegues ter aquele ponto de confiança que te dá continuidade. Acho que ele lidou melhor com isso, porque era mais experiente. Não ter continuidade acaba por nos afetar e por gerar mais pressão», explicou.
O português foi ligado ao Benfica durante o último mercado de transferências, mas, apesar de ser um sonho representar um dos grandes clubes em Portugal, ele quis continuar na La Liga: «Essas frases foram tiradas do contexto. Já jogo num grande clube. Estou muito feliz no Betis, um clube histórico de Espanha, mas em Portugal, desde pequeno, sonhamos sempre em defender uma das equipas mais importantes. E sim, é verdade que houve opções para regressar ao meu país no verão passado», confirmou, antes de comentar o seu regresso à convocatória de Roberto Martínez, falando ainda sobre Cristiano Ronaldo e o objetivo em estar ao lado de CR7 no Mundial 2026.
«Nós, portugueses, temos muito orgulho de ter um grande país. Tive a sorte de fazer a minha estreia internacional anos atrás, agora voltei à seleção e, depois de disputar um Europeu, tentarei estar no Mundial 2026. O Cristiano é a grande referência de Portugal, a sua mentalidade é o que tem guiado as gerações seguintes. Eu cresci a vê-lo jogar. Ele acabou de marcar o seu golo 901 e é claro que creio que chegará ao próximo Mundial. Espero poder jogar com ele», disse, revelando, de seguida, os seus ídolos na baliza.
«Sempre gostei de guarda-redes como Vítor Baía, Casillas, Buffon ou Rui Patrício. O Ter Stegen agora é a minha referência, porque é muito completo. Gostaria de ser como ele e melhorar nos meus aspetos bons e maus. O falhanço [de Ter Stegen] no Mónaco? Ele é um guarda-redes de topo e tenho a certeza que dará uma ótima resposta na próxima partida», finalizou.