
O Conselho de Disciplina da Federação arquivou um processo por factos «anonimamente participados contra Boavista Futebol Clube – Futebol, SAD e seus dirigentes» e que tinha a ver com imagens que circularam nas redes sociais e que foram, inclusivamente enviadas há cinco meses a vários jornais, sobre o sacrifício de animais no interior do Estádio do Bessa.
As imagens têm mais de seis anos e nelas é surgem, aparentemente, Fary e o antigo presidente do Boavista João Loureiro num ritual de sacrifício no interior do Bessa, para uma alegada prática de bruxaria. O CD considerou não haver matéria para processo disciplinar e arquivou o processo.
Sabe A BOLA que as imagens são, de facto, antigas. Há três anos o Boavista procedeu a uma renovação do seu circuito de videovigilância que permite, em qualquer espaço do Estádio do Bessa, ter imagens de alta resolução, o que não é o caso daquelas enviadas ao CD. Entre as testemunhas ouvidas estiveram Fary e o antigo líder da SAD, Vítor Murta, que confirmou no inquérito que as imagens tinham mais de seis anos.
«É desconhecida a proveniência dos ficheiros-vídeo juntos com as participações (denúncias anónimas) apresentadas, sendo, por conseguinte, impossível aferir da sua fidedignidade; não é possível, ainda, apurar e nem sequer balizar com suficiente precisão a data em que a factualidade constante dos ficheiros-vídeo possa ter ocorrido, tendo, no entanto, a testemunha Vítor Murta, ex-Presidente do Conselho de Administração da Boavista SAD afirmado, perentoriamente, tratar-se de imagens com mais de 6 anos», lê-se no acórdão, no qual se expõe a fraca qualidade das imagens: «Não obstante os esforços da investigação tendentes à recolha de semelhanças entre o Presidente do Conselho de Administração da Boavista SAD e o fotograma retirado do ficheiro vídeo, não é possível afirmar, com o grau de certeza exigível, que se trata efetivamente daquele agente desportivo.»