O transalpino, de 23 anos, começou a sequência do Grand Slam de 2025 como terminou a do ano passado, ou seja a erguer um troféu, conquistado no Open dos Estados Unidos, em setembro último, já depois de também ter triunfado em Melbourne no arranque de 2024.
O duelo com 'Sascha' Zverev, número dois mundial, ficou resolvido ao fim de duas horas e 42 minutos, durante as quais o líder do ranking ATP não cedeu qualquer quebra de serviço ao germânico e ainda ganhou dois 'break-points' ao adversário para vencer pelos parciais de 6-3, 7-6 (7) e 6-3.
De resto, apenas no segundo set da decisão permitiu algum equilíbrio na contenda, mas mesmo no 'tie-break' acabou por se superiorizar ao alemão, de 27 anos.
"Trabalhámos muito para estar nesta posição. Darren [Cahill, o treinador], sei que, provavelmente, este será o teu último Open da Austrália como treinador e estou muito feliz por partilhar este troféu contigo. Tudo começou a mudar na minha carreira quando mudei os meus treinadores e fisioterapeutas. Estou muito feliz por ter-vos aqui", disse Sinner, após a conquista.
No momento da vitória, o italiano não se esqueceu de tecer elogios a Zverev e considerando que o germânico irá, no futuro, vencer um 'major'.
"Quero começar por me dirigir ao Sascha. Foi novamente um dia duro para ti, para a tua equipa e família. Tens uma equipa fantástica que te suporta e és um jogador incrível. Continua a acreditar em ti mesmo, nas tuas capacidades. Todos os jogadores e treinadores sabem o quão forte és como jogadodor e como pessoa. Todos acreditamos que brevemente irás levantar um destes troféus", referiu.
Com o triunfo na Rod Laver Arena, Sinner tornou-se o primeiro tenista italiano a vencer três torneios do Grand Slam, superando o compatriota Nicola Pietrangeli, que em 1959 e 1960 venceu em Roland Garros, curiosamente onde o atual líder da hierarquia mundial ainda só foi semifinalista, na época passada.
Desde que venceu o seu primeiro torneio ATP, em novembro de 2020, em Sófia, o transalpino juntou ao palmarés mais 18 conquistas, estando a apenas uma de atingir as duas dezenas.
Por seu lado, Zverev ainda procura o seu primeiro 'major' da carreira, tendo sido derrotado na final pela terceira vez, repetindo o que tinha sucedido nos Estados Unidos, em 2020, e em Roland Garros, em 2024.
"É horrível estar ao lado disto [troféu] e não poder tocar-lhe. Parabéns ao Jannik, mereceste. És, de longe, o melhor jogador do mundo. Tinha esperança de poder ser um melhor adversário hoje, mas tu és demasiado bom, é tão simples quanto isto. Ninguém merece mais este troféu do que tu", disse Zverev.
Há quase 30 anos que um tenista germânico não consegue atingir o topo num 'major', desde que Boris Becker se impôs precisamente no 'Happy Slam', em 1996.