«Tivemos ligeiras desconcentrações que, a este nível, se pagam caro. Obviamente, hoje não sairíamos daqui campeões, também não saímos derrotados, mas terminámos com um sentimento agre e doce porque desejávamos ter ganho e penso que fizemos tudo para o conseguir... Temos de aprender com os erros e retificar para a fase final», declarou Ricardo Costa após o empate a 30-30 (17-16 ao intervalo) no clássico que centrou as atenções da 22.ª e última jornada da fase regular do Andebol1.  

Sabor doce porque, com Sporting e FC Porto com uma jogo em atraso - no caso dos leões fora, ante o Póvoa, a contar para a 19.ª jornada (9 de março), no dos dragões, igualmente fora, face ao Avanca, referente à 18.ª jornada (8 de março) - os de Alvalade mantêm-se no comando do campeonato, seguidos de FC Porto e Benfica, todos com 60 pts.

Como dificilmente perderão na Póvoa do Varzim contra o 9.º classificado e têm vantagem no confronto direto com os azuis e brancos por terem ido ganhar à Dragão Arena na na 11.ª jornada (30-31), entrarão na fase final do Grupo A, que irá discutir o 76.º título nacional e onde também se encontra o Marítimo (52), na primeira posição.

Amargo, porque foram sempre falhas técnicas que fez com que os donos da casa abrissem mão da vantagem de quatro golos que detiveram em duas ocasiões no 1.º tempo, a última por 16-12 após parcial de 3-0 concluído por Salvador Salvador (melhor marcador da partida com 8), e depois a cerca de 6m do apito final quando lideravam por 29-25, também numa concretização do lateral dos lisboetas.

Sempre que o conjunto de Ricardo Costa, que atuaram sem Francisco Costa devido a lesão, tiraram vantagem do contra-ataque ou da transição rápida que complicasse as trocas do adversário e a implementação do sistema ofensivo deste, foi mais fácil dilatarem a vantagem.

Quanto tiveram que atacar face a uma defesa preparada para não dar espaços, sobretudo junto aos 6m, que aqui e ali Martim Costa (7) ou Orri Thorkelsson (4) ainda foram encontrando oportunidade de remate, o fosso no placar diminui.

Apostando invariavelmente no 7 contra 6 para essas recuperações, Magnus Andersson conseguiu que a sua equipa provocasse erros e construísse um parcial de 0-3 a fechar a 1.ª parte (17-16) que, na realidade, acabou em 0-5 (17-18) no arranque do 2.º tempo, com golos de Ricardo Brandão (4) e Daymaro Salina (3) a trouxerem a primeira igualdade e liderança aos nortenhos.

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A entrada de Mohamed Aly para a baliza do Sporting e quatro defesas em poucos minutos, lançaram de novo os verdes e brancos a outra velocidade e acerto numa sequência de 4-0 (25-22).

No entanto, mais falhas técnicas e más concretizações e agora com o FC Porto a aproveitar o contra-ataque para o 29-28 através de Mamadou Diocou (4) deixou tudo em aberto. Ricardo Costa pediu desconto de tempo com 2.40m para gastar no cronómetro. Havia que acertar no ataque e lembrar para não cometer falhas técnicas.

Leonel Fernandes (4) alcançou a igualdade a 29-29 com uma entrada pela ponta, Edy Silva (3) voltou a deixar os donos da casa na frente, mas um mau passe de Jan Gurri (2) a 20s do fim, deixou Leonel isolado para selar o resultado em os anfitriões não lograram desfazer nos derradeiros 15s.