O patrão está de volta! Após a terceira coroação no Tour, Tadej Pogacar decidiu fazer uma pausa no seu programa de corridas, cancelando a participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e regressa este fim de semana nos grandes prémios do Quebeque e de Montreal, no Canadá.

O esloveno liderará a UAE Emirates em ambas as provas, liderando uma equipa de que faz parte o espanhol Juan Ayuso.

«Tive uma pausa retemperadora nas corridas e estou ansioso por voltar às corridas agora, começando no Canadá. O nível será elevado como sempre e teremos de dar o nosso melhor. Aconteça o que acontecer no resto da época, posso estar satisfeito com o que consegui este ano», disse Pogacar.

«Tudo o resto será apenas um bónus. A minha condição é boa e estou focado em desfrutar, mas quero ter sucesso nesta última parte da temporada», acrescentou o esloveno, vencedor do GP de Montreal em 2022.

A equipa da UAE Emirates selecionou ainda Igor Arrieta, Domen Novak, Rafal Majka e Finn Fisher-Black, além do já referido Juan Ayuso, que regressa após a polémica no Tour e o seu abandono na corrida francesa devido a doença.

Pogacar procurará nestes grandes prémios canadianos afinar a preparação para o ataque ao título mundial de fundo, no próximo dia 29, que a concretizar em êxito igualaria o feito único de Eddy Merckx (1974) e de Stephen Roche (1987) de vencer Giro-Tour-Mundiais na mesma temporada.

«A camisola arco-íris ainda me está em falta», explicou Pogi em entrevista à La Gazzetta Dello Sport. «Talvez este ano seja o momento certo.  O percurso é difícil, mas não demasiado. Mesmo que venham a ser os corredores a determinar essa dificuldade, este ano a prova é mais vocacionada para trepadores do que a do ano passado, em Glasgow, mas é sobretudo adequada a atacantes e corredores explosivos», analisou Pogacar.

«Se Mathieu van der Poel estiver em grande forma poderá surpreender e vencer. Remco Evenepoel pode vencer em qualquer terreno. E Van Aert teria uma palavra forte também, mas infelizmente não estará na prova devido a queda na Vuelta. Ainda não competimos uns contra os outros numa grande corrida de um dia…», conclui o n.º1 do ranking da UCI.