O Farense perdeu esta sexta-feira em casa com o último classificado Boavista (0-1) e complicou as contas na luta pela permanência, perdendo a vantagem de três pontos que tinha para os axadrezados.

Em declarações na conferência de imprensa no final do encontro, Tozé Marreco, treinador do Farense, lamentou o resultado de hoje e a 'seca de golos' que os algarvios têm tido nos seus jogos em casa. "A frustração é enorme, porque temos novamente, aos cinco minutos de jogo, uma bola na pequena área na primeira oportunidade para fazer golo, e não fazemos. Foi um jogo dividido [na primeira parte]. Não sabíamos bem o que íamos encontrar do outro lado para conseguir ajustar. Uma bola de um remate exterior que desvia no Tomás [Ribeiro] é a única aproximação do Boavista à nossa baliza, até ao golo", começou por dizer o técnico dos algarvios.

A entrada na segunda parte e a seca de golos

"Entrámos bem na segunda parte, a querer chegar à baliza. Temos mais quatro ou cinco cantos, 10 ou 12 remates, uma bola no poste, outras que andam ali próximas da linha de golo, e não conseguimos fazer. Nem sempre a jogar bem, com muito coração, mas é inexplicável. Nestes jogos, com adversários diretos, é absolutamente frustrante não conseguir fazer um golo aqui no São Luís, por tudo o que fazemos. E depois, sermos absolutamente penalizados com as aproximações do adversário à nossa baliza, que neste caso deram um golo de um lançamento lateral. Quando não ganhamos os nossos jogos, é sempre difícil estar a olhar para o que os outros estão a fazer. Temos de fazer primeiro os nossos pontos e é inexplicável que não consigamos nestes jogos em casa fazer golos."

Fator casa não tem sido talismã para o Farense

"Com o campeonato que estamos a fazer fora de casa, e com resultados minimamente condizentes em casa, estávamos noutra situação. Não encontro uma explicação lógica. Volto a repetir, nem sempre a jogar bem, mas a fazer mais do que suficiente para chegarmos aqui ao quinto jogo seguido e não conseguirmos marcar, com 50 remates e sete ou oito ocasiões claras de golo. É surreal não haver pelo menos um golo", terminou.