Em mais um episódio da rubrica do Sporting "Um dia com...", Francisco Trincão foi a personagem principal e, em pleno dia de recuperação pós-jogo dos leões, o extremo de 25 anos abordou não só a sua rotina diária, como também outros temas na carreira. Entre eles a mudança que conheceu ainda no Sp. Braga quando rumou ao Barcelona, um dos colossos do futebol europeu.

"Estava no Sp. Braga e ia jogar com o Moreirense. Normalmente ligo sempre aos meus pais e o meu pai não podia falar nessa noite. A minha mãe disse que ele estava a tratar de coisas de trabalho, algo que nunca acontecia à noite. Fui dormir e no dia a seguir o meu pai diz-me 'não pude atender, estava a tratar das coisas, vais jogar para o Barcelona, estou aqui a tratar das coisas'. Pensei que estava a gozar comigo. Jogava no Sp. Braga há pouco tempo e ia jogar para o Barcelona... tinha começado a jogar há 2/3 meses. Pensava que estava a brincar comigo. Faço um grande e uma assistência contra o Moreirense, fiz um granda jogo, e liguei ao meu pai. Não sabia o que fazer. Fui ter com o meu pai, contou-me tudo como ia acontecer ou não ia acontecer e naqueles 2/3 dias depois fizemos contratos e assinei pelo Barcelona", assumiu o internacional português, explicando como foi a adaptação à realidade do clube blaugrana.

"Na altura, por causa da Covid, fiz pré-temporada com as novas contratações, como Pedri e Matheus Fernandes, mas fizemos por turnos. Chegou a equipa toda, juntámo-nos todos e começou a época. Criei uma amizade com o Pedri e foi mais fácil. Mas eram todos muito tranquilos. Nunca tive problema de adaptação. Senti-me sempre à vontade. A cidade era também incrível e a cultura era parecia aquilo que nós temos", apontou.

Além disso, no que diz respeito à rotina diária, Trincão - o qual em tom de brincadeira diz ser o "segundo melhor do Mundo", já que, na sua ótica, o "primeiro é o pai" - admitiu que chega bem cedo à Academia em dias de trabalho e tem logo hábitos definidos. "De manhã, chego à Academia, como o pequeno almoço, peso-me e depois tenho o treino", confessa, antes de destacar como é o ambiente no balneário. "O pior vizinho [no balneário] é o Quaresma. Depois do treino, tem as coisas espalhadas", assegura.

Já sobre Gyökeres, um dos companheiros com quem nutre melhor relação, Trincão fez uma comparação peculiar no que concerne... ao cabelo. "O Viktor [Gyökeres] é o que demora mais a arranjar o clube. Eu toco mais no cabelo, mas o Viktor demora mais tempo e retoca mais, porque mete gel mais vezes", deixou claro.