O Sindicato dos Jogadores divulgou, esta quarta-feira, que, após um ano de impasse, a FIFA desbloqueou as verbas aprovadas para os jogadores reclamantes no FIFA Fund, após os pedidos apresentados pelo departamento jurídico do referido sindicato.
Entre os clubes abrangidos estão União, Cova da Piedade, Pinhalnovense, AD Oliveirense, Aves SAD, Lusitano de Évora, Hermannstadt (Roménia) e Gaz Metan (Roménia).
O presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, congratula-se pelo desbloqueio da situação: «É com enorme satisfação que vemos, finalmente, paga a verba referente a esta quarta ronda do FIFA Fund. Sentimos que imperou o bom senso, na sequência dos apelos feitos à FIFA para que não utilizasse esta questão como 'arma de arremesso'. Estamos satisfeitos por ver o mecanismo funcionar e ajudar decisivamente dezenas de jogadores que tanto precisavam. Fruto da articulação entre a equipa jurídica do Sindicato dos Jogadores e a FIFPRO, conseguimos ao longo dos últimos quatro anos apoiar muitos jogadores. Acima de tudo, devolvemos alguma justiça a processos de insolvência que lesaram centenas de jogadores no nosso país.»
João Oliveira, responsável pelo departamento jurídico do Sindicato e que acompanhou os processos em causa, destaca a importância que a atribuição desta verba tem para a vida dos futebolistas que foram afetados: «Este mecanismo foi criado para apoiar os jogadores que, apesar das diligências nos processos de insolvência nacionais, não conseguiram recuperar os seus créditos. Infelizmente, é uma situação muito comum quando, por exemplo, não é possível acionar o Fundo de Garantia Salarial da Segurança Social.»
Recorde-se que o FIFA Fund foi criado por acordo entre a FIFPRO e a FIFA em 2020, com o objetivo de compensar os jogadores que ficaram sem receber os salários devido à insolvência ou encerramento da atividade desportiva dos respetivos clubes. Foram 35 os jogadores portugueses ou a jogar em Portugal a candidatarem-se ao quarto período, num montante global de aproximadamente 234 mil euros.