
Tendo apenas sofrido uma derrota, contra a Espanha, na fase de grupos, Portugal apurou-se, esta sexta-feira, para a final do Europeu de sub-23 em hóquei em patins ao derrotar a Itália, com quem empatou a 3-3 na fase inicial, por 3-2.
Na discussão do título desta edição em Sant Sadurni d’Anoia, nos arredores de Barcelona, a formação liderada por Paulo Freitas terá pela frente na final de sábado (19h30) a Espanha, campeã em Paredes 2023, que na outra semifinal derrotou a França por 5-1.
«Acho que foi uma grande meia-final entre duas grandes equipas. A Itália tem tido um crescimento fantástico, com um trabalho notável que o Alex [Alexandro Bertolucci] tem vindo a fazer», começou por salientar o selecionador nacional.
«Nos primeiros 7 minutos entrámos um pouco receosos, não cumprimos com aquilo que tinha sido estabelecido, demo-nos a alguma pressão que a Itália nos fazia, nomeadamente quando batíamos a três. Mas corrigimos e a partir daí fomos bem melhores no jogo», foi analisando Paulo Freitas.
«O resultado, na minha opinião, peca por escasso, porque fizemos um grande jogo. Estivemos bem em todos os momentos, conseguimos aguentar grande parte do underplay, onde sofremos o primeiro golo, mas apresentámos uma maturidade competitiva grande.»
«Não nos desunimos, falámos ao intervalo, retificámos pequenas coisas, subimos as linhas, colocámos mais contenção no homem da bola e, a partir daí, o jogo teve praticamente sentido único. Como referi, é uma vitória justa contra uma grande Itália. Só na parte final, com as emoções à flor da pele, deixamos de ser tão pragmáticos e expusemo-nos em duas ou três situações, sofremos um golo e permitimos que a Itália encostasse no marcador», completou o selecionador luso, que mesmo sem saber que iria ter pela frente na final – mas sabia que a Espanha era a grande favorita - já pensava no que era necessário fazer.
«Vamos esperar quem vai ser o nosso opositor. Não pudemos fugir muito daquilo que temos visto e tem sido o panorama do hóquei, onde a Espanha é a favorita a estar presente, amanhã, na final. Vamos ver com atenção, analisar, e recuperar os jogadores.»
«Amanhã cá estaremos para lutar até à última gota de suor por um título inédito para Portugal. Deixaremos tudo dentro de pista. A mensagem que costumo deixar é: as finais não são para se jogar, são para se ganhar, por isso vamo-nos apresentar com o objetivo de sermos campeões da Europa», concluiu Paulo Freitas.