
O vice-presidente do Benfica, Nuno Catarino, fez um ponto de situação sobre a atualidade do Benfica. O dirigente abordou o futuro e até a questão do naming do Estádio da Luz.
Nuno Catarino falou sobre a atualidade do Benfica. O vice-presidente do Conselho de Administração da Benfica SAD abordou diversos temas, entre os quais a questão do naming do Estádio da Luz:
«Nunca esteve esquecido. É assim, nós sabemos o valor que queremos, e não estamos dispostos a fazer por qualquer valor. Temos sempre esta noção, temos também uma perspetiva de que tipo de parceiros nos atraem mais, tem de ser uma marca que faça sentido. [Também há o Mundial 2030 à porta, no Estádio da Luz…] Também há essa questão, e provavelmente isso pode tornar-se um bocadinho mais atrativo para alguns investidores internacionais no domínio do naming. Estamos a trabalhar, é assim, nós não vamos vender nada barato. Não precisamos, queremos o melhor parceiro possível, queremos um contrato que seja justo e que valorize a marca Benfica, e é nesse ponto que estamos. Acredito que em algum momento vamos conseguir de facto fazer isso, mas não podemos fazer isso a qualquer valor», afirmou à BTV.
Nuno Catarino falou também dos direitos televisivos do Benfica para as temporadas 2026/27 e 2027/28:
«Estamos a negociar uma solução que ponha em valor aquilo que é a marca Benfica, em valor o que é o nosso conteúdo do Benfica, face à realidade que é do mercado, estamos no mercado em Portugal, e acreditamos seguramente que vamos ter notícias brevemente, e acho que vamos ter notícias agradáveis sobre os direitos televisivos. Ou seja, a nossa posição quanto à centralização é a mesma de sempre, nós sabemos quanto é que o Benfica vale, estaremos a colaborar para valorizar o produto como um todo, para que o Benfica receba mais do que vai receber normalmente por si só, porque só faz sentido haver uma centralização se for para todos os clubes ganharem, entendendo que haja clubes que até ganhem mais em termos de proporção que o Benfica, mas nós estamos neste jogo para manter ou expandir aquilo que já conseguimos fazer sozinhos, porque senão estamos sozinhos».
O vice-presidente do Benfica
«A nossa ambição é de, nos próximos cinco anos, chegar aos 500 milhões de euros de receita consolidada entre Clube e SAD, que é um desafio muito ambicioso. Nós, no ano passado, só para ficar claro, ficámos acima dos 300 milhões de euros, neste ano vamos ficar um bocadinho mais acima do que ano passado, no universo consolidado. Estabelecemos internamente esta métrica: cinco anos, 500 milhões de euros, para que no futuro possamos não só ter mais receita, ter um peso da receita recorrente maior do que temos hoje, queremos também ficar menos dependente das mais-valias das vendas dos jogadores, reduzir a nossa dependência dessa linha de receita e, na prática, ter um Benfica que consegue não só ganhar muito mais vezes em Portugal, mas ir muito mais longe na Europa. A métrica dos cinco anos/500 milhões de euros é aquilo que nos permite ir corrigindo a trajetória da dívida líquida e reduzir a dependência das transferências, mas também melhorando o investimento no futebol, continuando a otimizar tudo o resto à volta. Não vejo a dívida como uma ameaça. Obviamente, é um histórico que está cá, há várias explicações para a dívida, nem me vou alongar muito à situação, mas, claramente, temos a dívida líquida controlada».