Depois de duas derrotas consecutivas, na Taça da Liga e campeonato, o FC Porto volta a entrar, este domingo, em ação. Na antevisão da partida, o técnico portista Vítor Bruno admitiu que o jogo da Choupana feriu a equipa, mas mostrou estar à espera de uma reação, frente a uma equipa de quem espera dificuldades.

Antevisão ao Gil Vicente: «Vem de vitória moralizadora para a Taça. Nos oito jogos em casa, tem apenas uma derrota e já recebeu SC Braga e Sporting. Não perde há seis jogos. É um bom momento. É completamente diferente do que encontrámos na primeira volta. Temos de atacar o jogo de forma séria, olhando para um adversário que nos cria sempre dificuldades, como foi exemplo o ano passado. Temos de ser humildes, mas ambiciosos, para conquistar os três pontos e iniciar bem a segunda volta.»

Impacto da derrota com o Nacional: «Conseguimos produzir aprendizagem com o que aconteceu. A ideia que fica, não estando a especular, é que o golo sofrido cedo deu dificuldade e ansiedade, em vez de revolta. Demorámos a descodificar como ferir o adversário. Na segunda parte fomos atrás, criámos vários lances de perigo. Temos de ter esse sentimento de intencionalidade com bola. O jogo da Choupana criou mossa, feriu. Temos de sentir essa revolta. Cometemos o erro de olhar muito para o destino final, conseguir uma classificação que não conseguíamos há muito tempo. Que fique a aprendizagem.»

Semana de trabalho: «Muito do que acontece no dia a dia é o lado invisível. Senti os jogadores com muita vontade de dar a volta ao momento e a perceber que não é agora que está tudo mal porque perdemos na Choupana. É verdade que no primeiro dia é difícil. A partir daí, foi sempre a lançar bases importantes para o jogo com o Gil. Jogadores atiraram-se ao trabalho e a perceber que é preciso lançar as bases para o sucesso e construção de algo que queremos no final como clube. A presença do presidente é bem vinda, gostamos muito que venha cá. Já viveu muito no futebol e passa muito do que viveu no futebol, em diferentes funções. É uma vantagem. É uma voz que respeitamos muito. Queremos muito inverter o que aconteceu na Choupana e é importante não perder muito tempo com isso.»

O que falta à equipa em momentos cruciais: «Podemos olhar e fazer a retrospetiva. Já tivemos momentos muito bons e outros menos bons. Não me parece que seja caso virgem no FC Porto, nas últimas épocas. É algo transversal, não só em Portugal, como em toda a Europa. Já falei da juventude e maturidade da equipa. Pode ser uma forma de catapultar uma equipa jovem, que tenha muita energia, levando-a para patamares elevados. É preciso olhar para cada caso. Queremos sempre ganhar, num clube de exigência máxima. Queríamos muito chegar ao primeiro lugar, não o conseguimos por responsabilidade própria. Mas ninguém se esqueça que só dependemos de nós para o conseguir. Estamos a um ponto do topo. Começamos a jornada como a melhor defesa, segundo melhor ataque. Não podemos olhar de forma fatalista. Há coisas a serem bem feitas e temos de ser mais consistentes, atacar logo o jogo no início e não ficar sujeitos ao que possa acontecer.»

Relação com os adeptos: «A vitória é sempre importante. Na Choupana, em condições adversas, adeptos apoiaram sempre. Nós sofremos, adeptos também sentem o dia a dia do clube e querem muito ganhar. Não se inibem e foi o que fizeram na Choupana. A forma como se manifestaram no final acaba por ser natural de uma equipa tendencialmente feita para ganhar. São manifestações que têm de ter. Queremos adeptos exigentes, que nos façam sentir essa exigência.»

Lesionados: «O Alan Varela reintegrou a espaços, hoje deu passos positivos. Ainda não fiz a convocatória, mas o Alan Varela vai estar nela. O Francisco Moura vai estar na convocatória, está numa fase mais adiantada da recuperação e é mais provável ir a jogo. Estão ambos preparados para ir a jogo. O Marcano não vai estar porque teve um pequeno revés durante a semana e vai obrigar a algum cuidado. O Martim Fernandes está de fora para amanhã.»