Passados quase cinco anos, o Vitória SC está de regresso a uma fase final de uma competição europeia. Desde aí, mudou a competição - em que se estreia uma equipa portuguesa - e o modelo, já sem dois jogos em duas voltas contra três equipas. O horário não é o mais favorável - 15:30 de um dia de trabalho -, mas pode ser presságio de uma tarde histórica: o penúltio jogo caseiro dos Conquistadores na Liga Europa em 2019 foi jogado às 15:50 e terminou com um empate diante do Arsenal.
O adversário, esse, é de má memoria. O NK Celje foi o responsável pela eliminação precoce do Vitória na temporada passada, nos penáltis, em pleno D. Afonso Henriques. A humilhação caseira resultou na demissão de Moreno e ficou marcada como um momento importante na temporada dos Conquistadores. Avisados dos perigos vindos da Eslovénia, é perentório não desvalorizar o adversário, que mantém o grosso do plantel da temporada passada.
Depois do início de época avassalador, os vitorianos não venceram os últimos dois encontros, algo que não abala a confiança para a estreia europeia, que Rui Borges diz encarar como «mais um jogo para o campeonato». Apesar disso, o jogo desta quarta-feira pode servir para utilizar alguns jogadores sem tantos minutos. Samu, Manu Silva, Gustavo Silva e Telmo Arcanjo podem ser novidades no onze, perante o elevado volume de jogos.
Já os campeões eslovenos vêm de uma derrota mas, depois de um início difícil e do regresso de Albert Riera ao leme da equipa, as coisas foram melhorando. Depois de passar pelas qualificações da Liga dos Campeões, Liga Europa e Conference League, o Celje entra como underdog na partida, com vista a uma possível surpresa tal qual a da temporada passada.
O favoritismo cai, claramente, para o lado português. Será o Vitória SC capaz de continuar a senda cem por cento vitoriosa na Europa?