Pedro Reis, que falava no encontro de delegados da rede externa da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), em Lisboa, alertou para os casos de França e da Alemanha, tendo referido o panorama político francês e que a Alemanha enfrenta questões "estruturantes" no seu modelo económico, nomeadamente em relação à "reinvenção da sua matriz industrial".

O ministro defendeu a importância de abrir "corredores ibéricos de energia" para que Portugal possa negociar no setor, num contexto em é que necessária a transição das economias para modelos "verde e azul".

Pedro Reis afirmou que "o mar pode ser o fator diferenciador de uma economia no futuro", destacando o "mar e a cultura" como duas "marcas" que considera destacarem Portugal em termos económicos.

"Não estivemos na crista da onda na industrialização, mas podemos estar numa economia mais sustentável", disse o ministro no seu discurso.

O governante referiu ainda que "2025 vai ser um ano determinante", dado que o "Governo que entrou já teve tempo para conhecer casas e as pessoas".

O ministro também referiu o acordo Mercosul, dizendo que Portugal tem "muito a beneficiar" com o mesmo.

No mesmo discurso, Pedro Reis disse que está na altura de uma "estratégia de industrialização" europeia, mas "sem ferir a autonomia de cada país" e acrescenta que o caminho não está na "mutualização da dívida" mas sim na "mutualização do investimento".

O ministro referiu ainda que é necessário reinventar a administração pública e que "é muito importante conseguir chamar os melhores para administração pública".

AJR // JNM

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