A medida surge no âmbito da promoção de esforços para "fomentar a lapidação de diamantes brutos extraídos no país, bem como a sua comercialização para o mercado interno e externo", lê-se num despacho presidencial de 25 de março, a que a Lusa teve hoje acesso.

Segundo o documento assinado pelo Presidente angolano, João Lourenço, verifica-se uma "necessidade imperiosa" para a construção de uma fábrica de lapidação de diamantes em Saurimo, capital da província da Lunda Sul, de modo a dinamizar o setor diamantífero.

Angola vende anualmente cerca de 1.000 milhões de euros em diamantes brutos, o segundo principal produto de exportação, depois do petróleo.

Do valor aprovado pelo Executivo angolano para este negócio, 77 milhões de dólares (68,55 milhões de euros) serão utilizados para a adjudicação de contratos para a construção do Polo de Atração de Investimentos e da fábrica de lapidação de diamantes em Saurimo.

Os restantes 2,31 milhões de dólares (2,06 milhões de euros) serão adjudicados para os serviços de fiscalização da execução das obras.

De acordo com o documento, "todos os atos subsequentes no âmbito do procedimento" - como a nomeação de uma comissão de avaliação, a aprovação de um relatório final e a adjudicação dos contratos - ficarão a cargo da Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam), empresa estatal angolana.

Em fevereiro de 2019, o presidente do conselho de administração da Sodiam, Eugénio Bravo da Rosa, estimou, em declarações à imprensa, que a empresa estatal deverá ter até 300 trabalhadores na fábrica de Saurimo.

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